Contribuições do estudo
Principais resultados
De 2.147 casos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no Maranhão, a maioria era do sexo masculino, raça/cor da pele parda, classificação multibacilar e forma dimorfa. A unidade regional de saúde de São Luís apresentou tendência decrescente.
Implicações para os serviços
Os resultados podem guiar estratégias do programa de controle da hanseníase no estado, visando a novas abordagens no sentido do diagnóstico precoce, tratamento e prevenção de incapacidades.
Perspectivas
Mais estudos são necessários, por exemplo, sobre a distribuição espacial dos casos e as taxas de detecção de hanseníase nos menores de 15 anos de idade, para maior compreensão do perfil epidemiológico da hanseníase no Maranhão.
Resumo
Objetivo:
descrever as características clínico-epidemiológicas dos casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física e analisar sua tendência no estado do Maranhão, Brasil, 2011-2020.
Métodos:
estudo transversal descritivo e ecológico de série temporal, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação; realizou-se análise descritiva do evento segundo características sociodemográficas e clínico-laboratoriais dos casos; a tendência temporal da incidência do evento foi analisada pela regressão de Prais-Winsten.
Resultados:
dos 2.147 casos notificados, 71,5% foram do sexo masculino, 48,9% possuíam até 8 anos de estudo, 66,5% eram de raça/cor da pele parda, 95,5% da forma multibacilar, 58,8% da forma dimorfa e 32,3% com baciloscopia negativa no diagnóstico; observou-se estacionaridade na tendência no estado, e tendência decrescente na regional de saúde de São Luís (variação anual = -64,4%; intervalo de confiança de 95% -73,7;-51,9).
Conclusão:
a tendência da incidência foi estável no estado do Maranhão e decrescente em São Luís.
Palavras-chave:
Hanseníase; Epidemiologia; Incidência; Grau de Incapacidade Física; Estudo de Séries Temporais