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O mercado de trabalho do agronegócio brasileiro: mensuração, caracterização e análise de diferenciais de rendimento

Resumo:

Embora a relevância do agronegócio brasileiro seja atualmente amplamente reconhecida, ainda não existe um estudo que avalie o nível de emprego deste setor como um todo para o Brasil. O objetivo principal desse estudo é analisar o mercado de trabalho do agronegócio brasileiro, realizando a sua mensuração, analisando sua estrutura e caracterizando seus trabalhadores. Também foram avaliados os diferenciais de rendimentos no agronegócio, confrontando-os com os diferenciais no setor agregado não agronegócio. Como principais resultados, verificam-se: a) 18,2 milhões de pessoas, 20,1% da força de trabalho do País, trabalharam no agronegócio brasileiro em 2017; b) os trabalhadores do agronegócio são predominantemente não qualificados com pouca educação formal; c) há participação relevante da mão de obra informal entre os trabalhadores do setor; e d) o rendimento médio dos trabalhadores do agronegócio foi inferior ao dos indivíduos em outros setores econômicos. Existe também elevada heterogeneidade do mercado de trabalho entre os segmentos do agronegócio – com o primário apresentando um perfil destoante – e um diferencial de rendimentos significativo associado a diferentes posições na ocupação e categorias de emprego, subsetores econômicos e regiões geográficas, e com características individuais, como nível de escolaridade, raça e gênero.

Palavras-chaves:
agronegócio; equação de rendimentos; mercado de trabalho; abordagem metodológica

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