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Extensão rural e construção da equidade de gênero: limites e possibilidades

Rural extension and construction of gender equity: limits and possibilities

Resumo:

A extensão rural no Brasil privilegiou a difusão tecnológica de práticas intensivas de produção, ampliando as desigualdades socioeconômicas no meio rural, especialmente as relacionadas a gênero. Com a instituição da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), a Extensão Rural passou a atender aos princípios de equidade de gênero previstos para atuação extensionista. Este trabalho teve por objetivo compreender como os extensionistas rurais do órgão oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Espírito Santo entendem o seu papel na contribuição para a construção da equidade de gênero na agricultura familiar nos municípios de Linhares, Rio Bananal e Sooretama. Para tanto, aplicaram-se roteiros de entrevistas semiestruturadas para dez agentes de extensão em desenvolvimento rural, servidores da instituição oficial de Ater daqueles municípios. Os dados foram transcritos, sistematizados e submetidos à análise de conteúdo. Os extensionistas apresentaram-se naturalizados com as desigualdades de gênero, não desenvolvendo ações que incentivam a participação feminina nas políticas públicas. Mudanças nos paradigmas de gênero arraigados à extensão rural devem ser estimuladas, tanto na academia quanto nas instituições de Ater, com o propósito de se efetivar a participação feminina nas políticas públicas para a agricultura familiar.

Palavras-chaves:
Assistência Técnica e Extensão Rural; mulheres rurais; Pnater; relações de gênero

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