Startups de base tecnológica no setor do agronegócio: mapeamento de ligações, produtos e serviços

Resumo:

O setor do agronegócio tem experimentado um ritmo significativo de evolução tecnológica. Novos recursos como o uso de drones, a internet das coisas e a comunicação via satélite, foram fundamentais para o surgimento das AgTechs, empresas de tecnologia que surgiram do agronegócio. Este artigo tem como objetivo mapear as AgTechs paulistas e os produtos e serviços que oferecem. Este artigo contribui para o avanço do conhecimento sobre as AgTechs e a transformação no campo do agronegócio brasileiro. As AgTechs expandiram e fortaleceram o setor do agronegócio, que representou aproximadamente 21,4% do PIB brasileiro em 2019 e 26,6% em 2020, apesar da crise político-sanitária e tem como desafio continuar a trajetória de crescimento e de investimento e Pesquisa e Desenvolvimento, enquanto busca aumentar a eficiência nas interações. Este estudo qualitativo é exploratório e tem um desenho bibliográfico. Os dados foram obtidos na base de dados da Associação Brasileira de Startups, relatórios do Global Entrepreneurship Monitor, sites da AgTechs no estado de São Paulo e Web of Science. Os principais resultados indicam a importância do ecossistema paulista, no qual estão localizadas 26% das AgTechs brasileiras, a maior concentração do país. Os produtos e serviços gerados pelas AgTechs são de alta tecnologia. No estado de São Paulo, são três comunidades que interagem com as AgTechs e formam um ecossistema empreendedor-inovador. As interações ocorrem entre as AgTechs, bem como entre elas e as empresas de médio e grande porte, poder público e as instituições de ensino e pesquisa, gerando oportunidades de desenvolvimento de novos produtos e serviços, alcance de novos mercados que proporcionam eficiência e fortalecimento das startups no mercado competitivo.

Palavras-chave:
ecossistema empreendedor e inovador; comunidades de inicialização; agronegócio; inovação tecnológica; análise de redes sociais