Resumo:
Este trabalho investiga as contribuições da teoria elaborada pela filósofa María Lugones. Embora Lugones não inclua a teoria e a crítica literária em seus estudos, este artigo busca dialogar com perspectivas teóricas que, no quadro da discussão sobre a produção literária em tempos de reprodução da lógica colonial, são viáveis de serem pensadas a partir de práticas escritas, e da construção de territórios textuais que possibilitem a expressão de subjetividades escritas. Desse modo, e levando em consideração a dinâmica opressora do sistema colonial vigente na América Latina, este texto alerta para a possibilidade de ler nas narrativas bolivianas contemporâneas não apenas a configuração dos territórios textuais, mas também as estratégias de resistência - na literatura - contra a ordem colonial latino-americana dominante.
Palavras-chave:
María Lugones; territórios textuais; resistência; narrativas bolivianas contemporâneas