Resumo:
O ensaio aborda os saberes curativos das camponesas de Montes de María (Sucre-Bolívar, Colômbia), a partir dos feminismos negros. Diante das múltiplas opressões que historicamente vivenciam, no território ancestral montemariano, elas mantêm saberes afro-indígenas sobre plantas medicinais para cuidar de sua comunidade. Assim, resistem à ordem patriarcal, ao capitalismo, ao colonialismo e à guerra, no contexto da reparação e do pós-acordo. A pesquisa seguiu metodologias participativas e narrativas, a partir de visitas ao território e encontros com as mulheres. Concluo que é necessário o compromisso determinado não só discursivo, mas também na práxis, para reconhecer e integrar no conhecimento acadêmico e na pesquisa psicossocial, as experiências e conhecimentos das mulheres; dos espaços cotidianos de emancipação, paz e descolonização, como o jardim Heloísa.
Palavras-chave:
decolonialidade; epistemologia; feminismos negros; psicologia