RESUMO
Objetivo:
Analisar as características sociodemográficas e clínicas, sintomas depressivos e qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca e associar a qualidade de vida com os sintomas depressivos.
Método:
Estudo transversal, realizado com pacientes ambulatoriais e hospitalizados. Foram coletados dados sociodemográficos e aplicados questionários para avaliação da qualidade de vida (Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire) e sintomas depressivos (Inventário de Depressão de Beck).
Resultados:
A amostra foi composta por 113 pacientes. Os ambulatoriais são aposentados (p=0,004), com melhor escolaridade (p=0,034) e maior fração de ejeção ventricular (p=0,001). O grupo hospitalizado teve maiores sintomas depressivos (18,1±10 vs 14,6±1,3; p=0,036) e menor qualidade de vida (74,1±18,7 vs 40,5±3,4; p<0,001) do que o grupo ambulatorial. Pacientes ambulatoriais com escores de sintomas depressivos a partir de 18 pontos apresentaram piores escores de qualidade de vida em 17 das 21 questões.
Conclusão:
Pacientes hospitalizados tiveram piores sintomas depressivos e qualidade de vida, sendo esta mais afetada na dimensão física naqueles com sintomas depressivos moderados/graves. Pacientes ambulatoriais com sintomas depressivos mais severos tiveram pior qualidade de vida em todas as dimensões.
Insuficiência Cardíaca; Qualidade de vida; Depressão; Cuidados de Enfermagem