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Dor crônica após herniorrafia inguinal: percepções de crianças e adolescentes* * Extraído da tese: “Dor crônica pós-operatória em crianças submetidas à herniorrafia inguinal: uma coorte prospectiva”, Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2019.

RESUMO

Objetivo:

Analisar as percepções de crianças e adolescentes sobre dor crônica pós-operatória, vivenciada durante três anos após herniorrafia inguinal ambulatorial.

Método:

Estudo descritivo, exploratório e de abordagem qualitativa. Crianças e adolescentes que referiram dor crônica pós-operatória foram convidados a partir de pesquisa quantitativa anterior. As entrevistas com roteiro semiestruturado foram gravadas, transcritas e codificadas segundo a análise de conteúdo, modalidade temática.

Resultados:

Participaram 20 crianças e adolescentes. Eles atribuíram diferentes significados à dor crônica pós-operatória persistente, configurando uma experiência ruim, incômoda, intermitente e limitante, que isola socialmente, interfere nas atividades cotidianas, escolares e de lazer. O relato de dor foi subestimado e negligenciado pela equipe de saúde, familiares, professores e amigos das crianças e adolescentes.

Conclusão:

Crianças e adolescentes reconhecem a dor pós-operatória como dor persistente e parecem perceber que seu relato é subestimado e negligenciado pelos pais e professores. Adicionalmente, sentem-se responsáveis pela presença da dor que afeta dimensões psicológicas e sociais e impõe prejuízos e medo que remete ao retorno da hérnia e à morte.

DESCRITORES
Criança; Adolescente; Dor Crônica; Dor Pós-Operatória; Hérnia Inguinal; Enfermagem Pediátrica

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