RESUMO
Objetivo:
Identificar a prevalência de dor em puérperas, descrever as características e o impacto da dor no desempenho das atividades de vida diária e avaliar a satisfação com a analgesia recebida.
Método:
Estudo transversal que incluiu mulheres que deram à luz, avaliadas em até 72 horas pós-parto em hospital público de ensino da cidade de São Paulo. Foram avaliados dados clínicos e obstétricos, bem como presença, características e impacto da dor nas atividades diárias.
Resultados:
Participaram 128 mulheres. A prevalência de dor foi 36,7% no momento da entrevista e 54,6% nas últimas 24 horas. O principal local de dor foi a região abdominal (64,7%) e a intensidade da dor foi moderada para 48,9% das mulheres, com frequência intermitente em 58% dos casos. Houve associação significativa entre a presença de dor e o tipo de parto (cesariana; p=0,030). Não prestar cuidado ao recém-nascido, tendo que se deslocar para outra unidade, aumentou a percepção de dor (p=0,038). Verificou-se impacto significativo da dor na capacidade de caminhar, comer, dormir, cuidar do bebê, evacuar, respirar fundo, amamentar e sentar-se.
Conclusão:
A dor foi frequente no período pós-parto e afetou significativamente as atividades maternas, indicando necessidade de se aprimorar o manejo da dor no puerpério.
DESCRITORES:
Dor; Período Pós-Parto; Enfermagem Obstétrica; Enfermagem Materno-Infantil