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UM CASO PARA POLÍTICA INDUSTRIAL? RESULTADOS DE PREVISÕES PARA A ECONOMIA BRASILEIRA (2016-2025) A PARTIR DE UM MODELO DESAGREGADO DE CRESCIMENTO RESTRINGIDO PELO BP

RESUMO

O artigo teve como objetivo projetar o potencial de crescimento da economia brasileira no período 2016-2025, supondo a ausência de modificações na política industrial. Parte-se de um modelo formal de crescimento restringido pelo balanço de pagamentos (BP) desenvolvido pelos autores e desagregado em três setores (agropecuária, indústria e serviços). Todos seus parâmetros foram econometricamente estimados, inclusive os da economia mundial relevantes para o desempenho da economia brasileira. Pressuposta a manutenção do atual “tripé” de gestão macroeconômica vigente no país, calibrou-se a taxa de juros básica e a política cambial de modo a gerar a taxa máxima de crescimento permitida pela restrição externa compatível com a manutenção da inflação na meta a cada ano. Foram também geradas projeções acerca do desempenho das variáveis-chave dos três setores, decorrentes de tal calibragem. As projeções de crescimento do PIB potencial e da produtividade foram baixas (mesmo para padrões históricos recentes) e decrescentes no tempo, com crescimento mais lento no setor industrial do que nos demais setores. Os resultados revelaram a importância crítica do setor industrial para tal desempenho, sugerindo que uma política industrial eficiente poderia aumentar significativamente o potencial de crescimento da economia brasileira.

PALAVRAS-CHAVE:
simulação macroeconômica; crescimento econômico; indústria; Brasil

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