RESUMO
Objetivo –
O objetivo deste artigo é analisar o isomorfismo normativo como mecanismo de mudança institucional e sua capacidade de contribuir para a institucionalização da Economia Circular no mercado de embalagens no Brasil.
Metodologia –
Utilizou-se a abordagem qualitativa e descritiva por meio de entrevistas em profundidade com roteiro semiestruturado. Foram entrevistadas 23 pessoas do Primeiro setor – governo, 15 pessoas do Segundo setor – mercado e 15 pessoas do Terceiro setor – Organizações Não Governamentais. A técnica de definição de amostra bola de neve foi utilizada para selecionar os entrevistados. A análise de conteúdo foi conduzida com categorias definidas durante a exploração dos dados coletados, a posteriori, com o software NVivo.
Achados –
No Brasil, a pressão por melhorias socioambientais nos produtos está concentrada em uma parcela da população. A maioria das pessoas foca em questões econômicas. Além disso, as Organizações Não Governamentais (ONGs) e os órgãos fiscalizadores do governo têm papel fundamental na cobrança direta pelo cumprimento das leis e no incentivo e capacitação da sociedade civil relacionada à Economia Circular e à sustentabilidade.
Implicações para pesquisa –
este artigo contribui para preencher lacunas identificadas na literatura, como estudos de Economia Circular que investigam a dinâmica dos stakeholders.
Implicações práticas –
a pesquisa mostra que há espaço para as organizações que atuam no mercado de embalagens no Brasil desenvolverem e disseminarem ações relacionadas à Economia Circular e sustentabilidade aos seus consumidores, o que pode se tornar um diferencial competitivo no setor.
Originalidade –
a pesquisa apontou que a percepção dos envolvidos nessa cadeia produtiva ainda não é unânime em relação à demanda da sociedade por ações de economia circular e sustentabilidade.
Palavras-chave:
Teoria Institucional; Logística reversa; Economia Circular; Sustentabilidade