RESUMO
Finalidade:
Este estudo analisa a influência da percepção de autoeficácia sobre os vínculos de comprometimento, entrincheiramento e consentimento que o indivíduo estabelecerá com a organização empregadora.
Desenho / metodologia / abordagem:
Trata-se de uma survey longitudinal composta por duas coletas de dados: uma aplicada antes do ingresso do indivíduo na organização e outra aplicada nove meses após o ingresso na empresa contratante.
Constatações:
Os principais resultados mostram que o comprometimento estabelecido pelos indivíduos, com a organização contratante, pode ser previsto pela percepção de autoeficácia do indivíduo mensurada antes de ingressar na organização. Isso sugere que a organização dá preferência, no momento da contratação, aos indivíduos com maior autoeficácia, pois tendem a desenvolver maior vínculo de comprometimento quando comparados aos trabalhadores com menor autoeficácia. Além dos fatores disposicionais, outros aspectos decorrentes da relação indivíduo / organização estarão envolvidos no desenvolvimento do vínculo, cabendo à equipe de gestão de pessoas da empresa garantir condições adequadas para a construção de um forte vínculo afetivo.
Limitações / implicações da pesquisa:
Para melhor compreensão do vínculo futuro, outras variáveis precisam ser testadas para verificar quais são os principais antecedentes do vínculo futuro do indivíduo. Uma lacuna deixada é a ausência de coleta de dados por meio de entrevistas, o que enriqueceria os dados quantitativos, bem como o acréscimo de novas variáveis não testadas.
Originalidade / valor:
Inserido no esforço de predizer como será a relação futura do novo indivíduo com a instituição empregadora, este estudo relaciona autoeficácia com comprometimento, entrincheiramento e consentimento futuros, algo inexistente na literatura.
Palavras-chave:
Autoeficácia; Comprometimento Organizacional; Entrincheiramento Organizacional; Consentimento Organizacional