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Papel potencial da talidomida no tratamento de dor pélvica crônica. Relato de casos

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor pélvica crônica é uma condição que não possui tratamento específico e é geralmente refratária a várias formas terapêuticas. Este estudo teve como objetivo relatar duas pacientes nas quais a dor pélvica crônica foi praticamente controlada com a talidomida como terapia complementar.

RELATO DOS CASOS:

Resposta à terapia de duas pacientes no período de pós-menopausa que compareceram ao nosso serviço com um longo histórico de dor pélvica crônica refratária, secundária a cistite intersticial. Como terapia complementar foi iniciada talidomida (25mg/dia), devido à dor sem resposta ao tratamento. No seguimento após um mês, a dor das pacientes havia reduzido em 80 e 70%, respectivamente. Posteriormente, a dor aumentou, sendo controlada com doses mais altas de talidomida. O fármaco foi bem tolerado por ambas as pacientes. No seguimento de um ano e 11 meses, respectivamente, a dor permanecia controlada.

CONCLUSÃO:

Os resultados sugerem que a talidomida pode ter valor terapêutico para dor pélvica crônica relacionada a cistite intersticial. Baseados em dados já publicados, levantou-se a hipótese de que a supressão de TNF-alfa possa ser o principal mecanismo pelo qual a talidomida controla a dor pélvica.

Descritores:
Cistite intersticial; Dor pélvica crônica; Dor refratária; Talidomida

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