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Atuação fonoaudiológica hospitalar junto a um processo de relactação e adoção: relato de caso

Quando ocorre a morte materna de um recém-nascido, há a necessidade de alguém para substituir as funções da mãe. A equipe multiprofissional pode ajudar na escolha e na preparação da pessoa para tal finalidade. O fonoaudiólogo também tem papel fundamental neste processo, pois é responsável por desenvolver e aprimorar uma das principais funções do recém-nascido que é a sucção. Esse relato de caso tem por objetivo relatar a atuação fonoaudiológica no processo de adoção ocorrido em uma maternidade pública do estado de Alagoas. Trata-se de um relato de uma intervenção direcionada a um recém-nascido pré-termo, cuja mãe faleceu pouco tempo depois do seu nascimento. O acompanhamento foi realizado nas três etapas do Método Canguru e ocorreu por meio de intervenções direcionadas ao binômio mãe adotiva-recém-nascido e de orientações à equipe multiprofissional. O recém-nascido pré-termo do relato de caso teve alta sem alterações sensório-motoras orais, mamando ao seio materno e recebendo complemento por meio da relactação, sugerindo, desta forma, a importância da intervenção fonoaudiológica no caso. O recém-nascido recebeu alta hospitalar apresentando órgãos do sistema estomatognático, no que se refere à postura, conformação e mobilidade, dentro da normalidade; reflexos orais presentes; força e ritmo adequados na sucção não nutritiva; sem dificuldades para mamar ao seio materno; e recebendo complemento prescrito por meio da relactação. Conclui-se que a atuação fonoaudiológica concomitante com o processo de adoção pode contribuir com o processo de lactação e com o consequente vínculo do binômio mãe-bebê.

Aleitamento Materno; Lactação; Adoção; Fonoaudiologia; Método Mãe-Canguru


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