RESUMO
Objetivo:
avaliar a comunicação na perspectiva dos profissionais de Equipes de Saúde da Família para atendimento a pessoas surdas.
Métodos:
trata-se estudo transversal que abarcou todas as 39 equipes de Unidades de Saúde da Família da zona urbana e rural. Realizou-se um censo e aplicou-se questionários aos profissionais das Unidades de Saúde da Família (31 médicos, 30 enfermeiros e 27 cirurgiões-dentistas) e quatro farmacêuticos do Núcleo de Apoio à Saúde da Família.
Resultados:
a grande maioria dos profissionais (60,8%) referiu ter ciência da existência da Linguagem Brasileira de Sinais, embora, nenhum dos entrevistados comunicava-se por meio dela. A maioria dos profissionais (68,5%) havia atendido uma pessoa surda em algum momento. Todavia, nenhum dos profissionais fez curso complementar ou obteve alguma formação específica.
Conclusão:
o aspecto relacional é parte fundamental na construção de projetos terapêuticos singulares. Nesta perspectiva, as barreiras de comunicação enfrentadas por pessoas surdas comprometem o desenvolvimento dos laços que são requeridos na assistência à saúde, os quais podem afetar negativamente o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a adesão ao tratamento requerido.
Descritores:
Deficiência Auditiva; Atenção à Saúde; Surdez; Estratégia Saúde da Família; Barreiras de Comunicação