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Associação entre processamento temporal auditivo e visual na habilidade de leitura

RESUMO

Objetivo:

verificar se alunos rastreados com processamento auditivo temporal alterado possuem maior probabilidade de apresentar processamento visual alterado.

Métodos:

participaram 68 crianças, de 9 a 12 anos, 53% meninos, do 5° e 6° ano do ensino fundamental de uma escola estadual. Foram excluídas todas as crianças com alterações na avaliação audiológica ou oftalmológica. Foram utilizados o Teste do Padrão de Duração (rastreio da habilidade auditiva de ordenação temporal), a Escala de Percepção Visual de Leitura (questionário de sintomas de estresse visual e seleção das lâminas espectrais) e o Teste de Taxa de Leitura (número de palavras lidas corretamente por minuto). Foram aplicados os testes estatísticos pertinentes adotando o nível de significância menor que 0,05.

Resultados:

participantes rastreados com processamento auditivo alterado apresentaram mais sintomas de estresse visual e menor taxa de leitura, de forma significante e moderada (p < 0.05; d < 0.71), quando comparados aos seus pares com processamento auditivo normal. Dentre as crianças com alteração no Teste do Padrão de Duração, 58% melhoraram a taxa de leitura com o uso da lâmina espectral, comparadas a 29% do grupo controle (Odds Ratio = 3.4; p = 0.017). Conclusão:alunos rastreados com processamento auditivo temporal alterado apresentam uma chance três vezes maior de associação com alterações no processamento visual, por compartilhamento na via magnocelular.

Descritores:
Leitura; Aprendizagem; Visão; Audição; Percepção Auditiva

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