Perfil linguístico de crianças com transtornos de linguagem e fala e participação da família no processo terapêutico: revisão integrativa de literatura

Bagetti, Tatiana; Nascimento, Viviane Santos do; Silva, Gisele Gouvea da; Lima, Renato Sampaio

doi:10.1590/1982-0216/20232532623s

Tatiana Bagetti

Concepção

Elaboração

Análise dos resultados

Redação

Revisão

Aprovação

Universidade Federal Fluminense - UFF, Departamento de Formação Específica em Fonoaudiologia - ISNF, Curso de graduação em Fonoaudiologia, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil.

https://orcid.org/0000-0002-0307-0958

Viviane Santos do Nascimento

Concepção

Elaboração

Análise

Redação

Espaço CEL - Corpo e Linguagem, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

https://orcid.org/0009-0002-1028-1953

Gisele Gouvea da Silva

Elaboração

Revisão

Aprovação

Universidade Federal Fluminense - UFF, Departamento de Formação Específica em Fonoaudiologia - ISNF, Curso de graduação em Fonoaudiologia, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil.

https://orcid.org/0000-0002-5951-8010

Renato Sampaio Lima

Revisão do artigo

Aprovação

Universidade Federal Fluminense - UFF, Departamento de Formação Específica em Fonoaudiologia - ISNF, Curso de graduação em Fonoaudiologia, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil.

https://orcid.org/0000-0001-8317-461X

Endereço para correspondência: Tatiana Bagetti, Universidade Federal Fluminense, Instituto de Saúde de Nova Friburgo, Rua Silvio Henrique Braune, 22, CEP: 28625-650 - Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil, E-mail: tatianabagetti@id.uff.br

Conflito de interesses: Inexistente.

AUTORES (ANO)	OBJETIVOS	METODOLOGIA	PRINCIPAIS RESULTADOS
Befi-Lopes DM, Bacchin LB, Pedott PR, Cáceres-Assenço AM. (2013)¹³13. Befi-Lopes DM, Bacchin LB, Pedott PR, Cáceres-Assenço AM. Story's complexity and silent pauses in children with and without specific language impairment. CoDAS. 2013;25(4):325-9. https://doi.org/10.1590/S2317-17822013000400005. PMID: 2440848. https://doi.org/10.1590/S2317-1782201300...	Verificar o tempo médio das pausas silentes em narrativas e a influência da complexidade da história na produção destas pausas nas narrativas de crianças com TDL e em desenvolvimento típico de linguagem e realizar uma comparação entre os grupos	60 crianças, entre 7 e 10 anos, 20 com TDL e 40 com desenvolvimento típico de linguagem. Foram utilizadas 15 histórias com complexidade crescente possibilitando o registro do tempo médio de pausas produzidas nas narrativas.	As crianças com TDL apresentavam pausas silentes mais longas em suas narrativas, independentemente do tipo de histórias, quando comparadas às crianças com desenvolvimento típico. A presença de pausas mais longas demonstra a fragilidade do processamento linguístico.
Paula EM, Befi-Lopes DM. (2013)¹⁴14. Paula EM, Befi-Lopes DM. Conflict resolution abilities in children with Specific Language Impairment. CoDAS. 2013;25(2):102-9. https://doi.org/10.1590/s2317-17822013000200003. PMID: 24408237. https://doi.org/10.1590/s2317-1782201300...	Verificar as habilidades de resolução de conflito de crianças com DEL e a correlação entre o tempo de terapia fonoaudiológica e o desempenho na tarefa de resolução de conflitos.	20 crianças com DEL e 40 crianças em desenvolvimento normal de linguagem, com idades entre 7 anos e 8 anos e 11 meses.	As crianças com TDL possuem mais dificuldades para resolução de conflitos, utilizando predominantemente estratégias físicas e unilaterais, que não são suficientes para a solução de muitos conflitos. Não se observou correlação entre tempo de terapia e desempenho na tarefa de resolução de conflito.
Befi-Lopes DM, Pedott PR, Bacchin LB, Cáceres AM. (2013)¹⁵15. Befi-Lopes DM, Pedott PR, Bacchin LB, Cáceres AM. Word class and silent pauses in spoken narratives of children with specific language impairment. CoDAS. 2013;25(1):64-9. https://doi.org/10.1590/s2317-17822013000100012 . PMID: 24408173. https://doi.org/10.1590/s2317-1782201300...	Investigar se existe influência das classes gramaticais no tempo médio de pausas silentes durante a produção de narrativas por crianças com TDL e com desenvolvimento típico de linguagem.	20 crianças com TDL e 40 com DTL com idade entre 7 e 10 anos. Foram analisadas as narrativas produzidas pelas crianças e analisados os substantivos, adjetivos, verbos, conjunções, preposições e pronomes presentes. Em seguida, foram analisadas as pausas que antecediam esses elementos.	Foi observado menor duração da pausa silente quando esta precedia os substantivos e maior quando essa antecedia as conjunções em ambos os grupos. Após a análise comprovou-se que o grupo com TDL possui pausas silentes mais longas em todas as classes.
Befi-Lopes DM, Cáceres-Assenço AM, Marques SF, Vieira M. (2014)¹⁶16. Befi-Lopes DM, Cáceres-Assenço AM, Marques SF, Vieira M. School-age children with specific language impairment produce more speech disfluencies than their peers. CoDAS. 2014;26(6):439-43. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20142014095. PMID: 25590904. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201420...	Comparar as rupturas de fala na produção de narrativas em escolares com TDL e seus pares cronológicos.	60 crianças com 7 a 10 anos de idade, sendo 20 com TDL e 40 com desenvolvimento típico de linguagem. Para a coleta de dados, foram utilizadas 15 histórias, representadas por figuras, compostas por quatro cenas cada. As histórias foram transcritas e as rupturas de fala foram classificadas em diferentes tipos.	Os escolares com TDL produzem mais rupturas gagas e não gagas do que seus pares. No grupo com TDL, as rupturas mais frequentes foram as não gagas (interjeição, revisão/abandono de segmentos e repetição de frases ou multissilábica). Essas rupturas estão mais associadas ao planejamento linguístico do que ao ato motor da fala.
Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Juste FS, Cáceres-Assenço AM, Fortunato-Tavares TM (2014)¹⁷17. Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Juste FS, Cáceres-Assenço AM, Fortunato-Tavares TM. Aspects of speech fluency in children with specific language impairment. Audiol., Commun. Res. 2014;19(3):252-7. https://doi.org/10.1590/S2317-64312014000300008. https://doi.org/10.1590/S2317-6431201400...	Avaliar a fluência de fala, quanto a tipologia das rupturas e velocidade de fala em crianças com suspeita de TDL.	50 crianças de 3 a 7 anos de ambos os gêneros, com ausência de gagueira, as quais foram divididas em 2 grupos: G1- 25 crianças com suspeita de TDL, ainda sem diagnóstico fechado, e G2- crianças com desenvolvimento típico de linguagem.	As crianças de 3 a 4 anos com suspeita de TDL apresentaram menor velocidade de fala do que as crianças com desenvolvimento típico, não sendo observada diferença quanto à tipologia das rupturas. Na faixa etária de 5 a 7 anos não houve diferença entre os grupos.
Puglisi ML, Befi-Lopes DM. (2016)¹⁸18. Puglisi ML, Befi-Lopes DM. Impact of specific language impairment and type of school on different language subsystems. CoDAS. 2016;28(4):388-94. https://doi.org/10.1590/2317-1782/2016201524. PMID: 27652925. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201620...	Explorar os efeitos do tipo de escola e do TDL sobre diferentes habilidades de linguagem, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo.	204 crianças brasileiras de 4 a 6 anos divididas em 3 grupos: DTPar (estudantes de escola particular), DTPub (estudantes de escola pública) e DELPub (estudantes com TDL de escola pública). Todas as crianças foram avaliadas nas habilidades de vocabulário expressivo, morfologia de número e compreensão morfossintática.	As crianças com TDL tiveram pior desempenho nas habilidades de linguagem do que as crianças com desenvolvimento típico, tanto de escola pública quanto particular. Estas crianças apresentaram alterações na morfologia nominal de número e erros na compreensão morfossintática. Com o aumento da idade, essas crianças passaram para um padrão sistemático de alterações, sugerindo que não tenham somente um desenvolvimento “atrasado”, mas padrões idiossincráticos.
Verreschi MQ, Cáceres-Assenço AM, Befi-Lopes DM. (2016)¹⁹19. Verreschi MQ, Cáceres-Assenço AM, Befi-Lopes DM. Nouns and verbs used by preschoolers with language impairment. CoDAS. 2016;28(4):362-8. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20162015078. PMID: 27652924. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201620...	Verificar o uso funcional de verbos e substantivos por crianças com alterações específicas de linguagem e comparar com a utilização desses elementos por crianças com desenvolvimento típico de linguagem.	80 pré-escolares, sendo eles 20 com AEL (alteração específica de linguagem) e idade entre 3 e 6 anos e 60 com DTL (desenvolvimento típico de linguagem) com idade entre 2 e 4 anos.	As crianças com AEL utilizam mais verbos do que nomes em suas produções, quando comparadas com crianças com desenvolvimento típico de linguagem. Os verbos mais usados foram o intransitivo, o de ligação e o transitivo direto e as crianças demonstraram dificuldades com o uso de argumentos verbais, apresentando omissão de complementos verbais, indicando dificuldades na estruturação gramatical.
Pedott PR, Cáceres-Assenço AM, Befi-Lopes DM. (2017)²⁰20. Pedott PR, Cáceres-Assenço AM, Befi-Lopes DM. Alliteration and rhyme skills in children with specific language impairment. CoDAS. 2017;29(2):e20160017. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016017. PMID: 28380200. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201720...	Identificar e realizar uma comparação entre o desempenho de crianças com TDL e com DTL em tarefas de identificação de aliteração e rima e verificar a influência dos distratores semânticos e fonológicos.	12 escolares com TDL e 48 com DTL, com idades entre 7 anos e 9 anos e 11 meses. As crianças realizaram tarefas envolvendo a identificação de rimas e aliterações.	Ambos os grupos obtiveram desempenho pior em rima do que em aliteração. Os escolares com TDL tiveram desempenho inferior aos das crianças com DTL em ambas as tarefas (aliteração e rima). As crianças do GP também utilizaram mais distratores semânticos em tarefas de aliteração e mais distratores fonológicos nas de rima.

AUTORES (ANO)	OBJETIVOS	METODOLOGIA	PRINCIPAIS RESULTADOS
Miilher LP, Fernandes FDM. (2013) ²¹21. Miilher LP, Fernandes FDM. Considering responsivity: a proposal for pragmatic analysis in autism spectrum. CoDAS. 2013;25(1):70-5. https://doi.org/10.1590/s2317-17822013000100013. PMID: 24408174. https://doi.org/10.1590/s2317-1782201300...	Comparar o perfil pragmático das iniciativas de comunicação e o perfil bidimensional (iniciativa e responsividade) em crianças com diagnóstico de TEA e analisar os tipos mais comuns de respostas apresentadas	Foram analisadas 30 gravações de terapia fonoaudiológica em que a terapeuta interagia com crianças com TEA de ambos os gêneros com média de idade de 9:6. As interações foram analisadas observando-se os atos e meios comunicativos (gestual, vocal e verbal) nas iniciativas de comunicação da criança. Também foram analisadas as respostas das crianças nas interações.	Foram verificadas diferenças entre as análises consideradas (perfil bidirecional e perfil pragmático). Nas análises pragmáticas, é importante considerar as funções comunicativas as quais analisam as iniciativas de comunicação, mas também deve-se considerar a responsividade das crianças, ou seja, o quanto elas são participativas nas interações.
Mazzega LC, Armonia AC, Pinto FC de A, Bevilacqua M, Nascimbeni RCD, et al. (2015)²²22. Souza ACR, Mazzega LC, Armonia AC, Pinto FC de A, Bevilacqua M, Nascimbeni RCD et al. Comparative study of the imitation ability in Specific Language Impairment and Autism Spectrum Impairment. CoDAS. 2015;27(2):142-7. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20152014194. PMID: 26107079. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201520...	Realizar uma comparação entre crianças com TEA e com TEL quanto às habilidades de imitação de esquemas gestuais simples e sequências de ações em rotinas familiares e analisar a relação entre o índice de imitação e a produção verbal das crianças com TEA.	36 crianças com idades entre 6 anos e 10 meses, divididas em 2 grupos: grupo TEA: 24 crianças com TEA (22 meninos e 2 meninas) e grupo TEL/TDL: 12 Crianças (11 meninos e 1 menina). Todas as crianças estavam em intervenção direta e indireta em clínica escola.	Em relação à comparação de habilidades de imitação de esquemas gestuais simples e de sequências em rotinas familiares, o grupo TEL/TDL obteve um desempenho melhor do que o grupo TEA. Também se observou uma relação direta significativa entre a habilidade de imitação de sequências de rotinas familiares e a produção verbal de palavras e frases.
Olivati AG, Assumpção Junior FB, Misquiatti ARN. (2017)²³23. Olivati AG, Assumpção Junior FB, Misquiatti ARN. Acoustic analysis of speech intonation pattern of individuals with Autism Spectrum Disorders. CoDAS. 2017;29(2):e20160081. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016081. PMID: 28403279. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201720...	Examinar os elementos prosódicos de segmentos da fala de escolares com TEA e comparar com grupo controle, por meio de uma análise acústica.	19 sujeitos com TEA e 19 com desenvolvimento típico, todos do gênero masculino, com idade entre 8 e 33 anos.	Observou-se que os indivíduos com TEA apresentam diferenças consideráveis em relação aos parâmetros de frequência fundamental, intensidade e duração. As variáveis tessitura, amplitude melódica de vogal tônica, amplitude melódica de vogal pretônica, intensidade máxima, intensidade mínima, duração de vogal tônica, duração de vogal pretônica e duração de enunciado foram elementos que apresentaram alteração. Três indivíduos que frequentavam terapia há mais de 10 anos não apresentaram diferenças em prosódicas em relação aos demais.

AUTORES (ANO)	OBJETIVOS	METODOLOGIA	PRINCIPAIS RESULTADOS
Wertzner HF, Pulga MJ, Pagan-Neves LO. (2014)²⁴24. Wertzner HF, Pulga MJ, Pagan-Neves LO. Metaphonological skills among children with speech sound disorder: the influence of age and disorder severity. Audiol., Commun. Res. 2014;19(3):243-51. https://doi.org/10.1590/S2317-64312014000300007. https://doi.org/10.1590/S2317-6431201400...	Investigar o desempenho de crianças com Transtorno Fonológico nas habilidades metafonológicas avaliadas pelo teste Lindamood Auditory Conceptualization Test (LAC-adaptado para o Português Brasileiro) e relacionar com a idade e gravidade do TF.	Neste estudo foram avaliadas 50 crianças com TF Transtorno Fonológico, com idades entre 5 a 7:11. Foi verificada a gravidade do TF e aplicado o teste LAC e avaliada a percepção auditiva, a compreensão do número e da ordem dos sons.	As crianças com TF têm dificuldades nas habilidades metafonológicas mais complexas e quanto maior a gravidade do desvio fonológico maior a dificuldade com a percepção auditiva.
Novaes PM, Nicolielo-Carrilho AP, Lopes-Herrera AS. (2015)²⁵25. Novaes PM, Nicolielo-Carrilho AP, Lopes-Herrera SA. Speech rate and fluency in children with phonological disorder. CoDAS. 2015;27(4):339-43. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20152014100. PMID: 26398256. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201520...	Verificar e descrever aspectos relacionados a velocidade e fluência de fala de crianças com TF com e sem intervenção fonoaudiológica.	30 crianças, 5 a 8 anos, ambos os gêneros, sendo: G1 (10 crianças com TF em intervenção), G2 (10 crianças com TF sem intervenção) e GC (10 crianças com desenvolvimento típico).	Em comparação com os demais grupos, o grupo com TF sem intervenção apresentou pior desempenho, tanto na análise de quantidade de palavras por minuto, quanto na análise de sílabas por minuto. Com a pesquisa, foi possível verificar que o grupo com melhor desempenho foi o GC, seguido do G1 e por fim o G2.
Freitas CR, Mezzomo CL, Vidor DCGM. (2015)²⁶26. Freitas CR, Mezzomo CL, Vidor DCGM. Phonemic discrimination and the relationship with other linguistic levels in children with typical phonological development and phonological disorder. CoDAS. 2015;27(3):236-41. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20152014168. PMID: 26222939. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201520...	Realizar uma comparação entre crianças com desenvolvimento típico de linguagem e crianças com TF quanto à discriminação fonêmica e ao desempenho linguístico dos níveis da linguagem (morfológico, sintático, semântico e vocabulários perceptivo e produtivo).	36 crianças, com idades de 5 a 7:11 com DTL e com TF. As crianças foram avaliadas utilizando-se o teste de figuras para discriminação fonêmica e o teste média de valores de frases para avaliar habilidades morfossintáticas e semânticos/lexicais, e o teste de vocabulário expressivo.	A análise mostrou que há uma diferença significativa entre os grupos DTL e TF, sendo crianças com TF têm uma maior dificuldade com a discriminação fonêmica, o que pode estar relacionado a dificuldade destas crianças em discriminar sonoridade e ponto de articulação. Também foi observado que quanto maior a discriminação auditiva, melhor foi o desempenho das crianças nos outros níveis linguísticos.
Ceron MI, Gubiani MB, Oliveira CR, Gubiani MB, Keske-Soares M. (2017)²⁷27. Ceron MI, Gubiani MB, Oliveira CR, Gubiani MB, Keske-Soares M. Prevalence of phonological disorders and phonological processes in typical and atypical phonological development. CoDAS. 2017;29(3):e20150306. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20172015306. PMID: 28492716. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201720...	verificar os processos fonológicos presentes na fonológica típica e atípica em diferentes faixas etárias e apontar a ocorrência de desvio fonológico quanto à idade, gênero e tipo de escola.	866 crianças com idades entre 3:0 a 8:11 que frequentavam escolas públicas e privadas em Santa Maria-RS. Foi realizada uma avaliação fonológica para verificar os processos fonológicos.	As crianças com TF corresponderam a 15,2% da amostra. Essas crianças apresentaram maior ocorrência de processos fonológicos (PF) do que crianças com desenvolvimento fonológico típico e não houve diminuição dos PF com o aumento da idade. Os PF mais observados em crianças com TF foram: redução do encontro consonantal, substituição de líquida lateral e não lateral em onset, apagamento de líquida não lateral, anteriorização de fricativa em onset, apagamento de sílaba átona, semivocalização de líquida não lateral em coda e apagamento de líquida não lateral em coda.

AUTORES (ANO)	OBJETIVOS	METODOLOGIA	PRINCIPAIS RESULTADOS
Mendes JCP, Pandolfi MM, Carabetta Júnior V, Novo NF, Colombo-Souza P. (2012)²⁸28. Mendes JCP, Pandolfi MM, Carabetta Júnior V, Novo NF, Colombo-Souza P. Factors associated to language disorders in preschool children. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2012;17(2):177-81. https://doi.org/10.1590/S1516-80342012000200013. https://doi.org/10.1590/S1516-8034201200...	Distinguir os fatores associados à alteração da linguagem entre variáveis sociais e nutricionais de pré-escolares.	126 crianças com idade entre 6 meses e 6 anos da região sul do município de São Paulo foram avaliadas aplicando-se o teste Denver II. As crianças foram divididas em 2 grupos: com e sem anemia.	O maior risco para aquisição e desenvolvimento de linguagem foi o grupo de anêmicos, filhos mais velhos e com menos de quatro irmãos. Não houve diferença no desempenho das crianças quanto às variáveis estado nutricional, escolaridade da mãe e gênero da criança.
Silva GMD, Couto MIV, Molini-Avejonas DR. (2013)²⁹29. Silva GMD, Couto MIV, Molini-Avejonas DR. Risk factors identification in children with speech disorders: pilot study. CoDAS. 2013;25(5):456-62. https://doi.org/10.1590/S2317-17822013000500010. PMID: 24408550. https://doi.org/10.1590/S2317-1782201300...	Distinguir os principais fatores de risco associados às alterações fonoaudiológicas, os quais estão relacionados à criança e seus pais.	170 crianças e seus pais foram atendidos em uma clínica-escola no período de março de 2010 a julho de 2012.	Os fatores de risco atribuídos à influência familiar foi a criança ser filha única e possuir antecedentes familiares. O fator de risco relacionado ao indivíduo que possuía alteração de linguagem foi a prematuridade, internações por longo período e a presença de hábitos orais deletérios.
Caldas CSO, Takano OA, Mello PRB, Souza SC, Zavala AAZ. (2014)³⁰30. Caldas CSO, Takano OA, Mello PRB, Souza SC, Zavala AAZ. Language abilities performance of children born preterm and low birth weight and associated factors. Audiol., Commun. Res. 2014;19(2):158-66. https://doi.org/10.1590/S2317-64312014000200010. https://doi.org/10.1590/S2317-6431201400...	Verificar as habilidades do desenvolvimento da linguagem em crianças prematuras e com baixo peso e fatores de risco associados.	Foram aplicados os testes Denver II (Denver Developmental Screening Test) e a escala ELM (Early Language Milestone Scale) em 77 crianças entre 2 à 3 anos.	As crianças prematuras e com baixo peso tiveram atraso em habilidades linguísticas avaliadas, com maior comprometimento na função auditiva expressiva. Também foram identificados fatores de riscos socioeconômicos e de histórico.
Monteiro-Luperi TI, Befi-Lopes DM, Diniz EMA, Krebs VL, Carvalho WB. (2016)³¹31. Monteiro-Luperi TI, Befi-Lopes DM, Diniz EMA, Krebs VL, Carvalho WB. Linguistic performance in 2 years old preterm, considering chronological age and corrected age. CoDAS. 2016;28(2):118-22. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20162015075. PMID: 27191874. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201620...	Avaliar o desempenho linguístico de prematuros, na faixa etária de 2 anos, considerando a idade cronológica e a idade corrigida.	23 sujeitos prematuros com idade média de 2 a 2:11 tiveram suas habilidades linguísticas avaliadas, aplicando-se o Test of Early Language Development (TELD-3).	Os prematuros apresentaram desempenho alterado na avaliação, o que sugere a prematuridade como um fator de risco para alteração de linguagem. Em relação à análise partindo da idade cronológica e da idade corrigida não foram observadas diferenças no desempenho. O grupo de prematuros aos 2 anos de idade constitui população de risco para alterações de linguagem que não podem ser compensadas com a correção da idade.
Pereira JF, Formiga CKMR, Vieira MEB, Linhares MBM. (2017)³²32. Pereira JF, Formiga CKMR, Vieira MEB, Linhares MBM. The influence of biological and socio-economic factors in neuro-psychomotor development of kindergarten children. Revista Saúde e Pesquisa. 2017;10(1):135-44. https://doi.org/10.17765/1983-1870.2017v10n1p135-144. https://doi.org/10.17765/1983-1870.2017v...	Caracterizar as variáveis socioeconômicas e psicossociais de crianças que frequentam creches públicas e avaliar a influência destes fatores no desenvolvimento neuropsicomotor.	61 crianças, de ambos os gêneros, com idade de 4 a 6 anos, frequentadoras das creches públicas na cidade de Goiânia. Para avaliar o desenvolvimento infantil foi aplicado o teste Denver II nas crianças e foi realizado com os pais questionários para obter dados socioeconômicos e dados sobre aspectos biológicos e clínicos das crianças.	Verificou-se que 77% das crianças avaliadas apresentaram risco na classificação global do teste de Denver II, sendo típicas nas áreas psicossocial, motora fina, motora ampla e linguagem. A análise da influência dos fatores revelou que a renda familiar (até R$2.000,00) esteve associada com uma maior porcentagem de risco no desenvolvimento da linguagem (64%). Os demais fatores não tiveram diferença estatisticamente significativa.
Ribeiro CC, Pachelli MRO, Amaral NCO, Lamônica DAC. (2017)³³33. Ribeiro CC, Pachelli MRO, Amaral NCO, Lamônica DAC. Development skills of children born premature with low and very low birth weight. CoDAS. 2017;29(1):e20160058. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20162016058. PMID: 28146204. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201620...	Realizar uma comparação de como respondem as crianças nascidas prematuras de baixo peso (BP) e muito baixo peso (MBP) com crianças nascidas a termo na faixa etária de um a três anos, em relação ao desenvolvimento infantil, nos domínios motor grosso; motor fino adaptativo; pessoal-social; e linguagem.	150 crianças nascidas prematuras (grupo experimental) e a termo (grupo comparativo). Sendo elas divididas em oito grupos, quanto ao peso (baixo peso: abaixo de 2500 gramas e muito baixo peso: abaixo de 1500 gramas) e faixa etária (de 12 a 24 e de 25 a 36 meses).	Os resultados demonstraram que em relação ao desempenho nos níveis motor grosso, motor fino adaptativo, pessoal-social e linguagem, os bebês prematuros tiveram desempenho inferior quando comparados aos nascidos a termo.
Soares ACC, Silva K, Zuanetti PA. (2017)³⁴34. Soares ACC, Silva K, Zuanetti PA. Risk factors for language development associated with prematurity. Audiol., Commun. Res. 2017; 22:e1745. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2016-1745. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2016-1...	Examinar as diversas variáveis relacionadas à prematuridade, identificando os fatores de risco para alteração no desenvolvimento linguístico.	98 prontuários de crianças nascidas pré-termo de 1 a 6 anos. As crianças foram divididas em 2 grupos: G1 com risco e G2 sem risco para alteração linguística.	Esse trabalho concluiu que a prematuridade isoladamente não é um fator de risco para alterações linguísticas e sim a presença de hemorragia peri-intraventricular e peso inferior a 1000 gramas ao nascer. Também foram levantados como fatores de risco a presença de displasia broncopulmonar, longo tempo de internação e idade materna inferior a 18 anos.

AUTORES (ANO)	OBJETIVOS	METODOLOGIA	PRINCIPAIS RESULTADOS
Ostroschi DT, Zanolli ML, Chun RYS. (2017)³⁵35. Ostroschi DT, Zanolli ML, Chun RYS. Families' perception of children / adolescents with language impairment through the International Classification of Functioning, Disability, and Health (ICF-CY). CoDAS. 2017;29(3):e20160096. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016096. PMID: 28538828. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201720...	Verificar a percepção de familiares sobre as condições linguísticas e a participação social de crianças e adolescentes com transtornos de fala/linguagem utilizando como base a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - Versão Crianças e Jovens (CIF-CJ).	Realizou-se levantamento de 24 prontuários de crianças e adolescentes de 6 a 13 anos que estavam em acompanhamento fonoaudiológico por apresentarem gagueira, atraso de linguagem, desvio fonético-fonológico, alteração de linguagem por causas neurológicas. Os familiares também participavam de sessões de grupos familiares. Foram aplicadas entrevistas com os familiares desses sujeitos e os perfis foram analisados descritivamente fazendo uso da CIF-CJ.	Inicialmente foi observado que os familiares classificavam as alterações de linguagem como um problema orgânico, categorizado no componente de “Funções” e “Estruturas do Corpo”. Os resultados referentes aos itens “Atividades e Participação e Fatores Ambientais” demonstram uma ampliação do olhar dos familiares em relação a alterações de linguagem, além da dimensão orgânica. Os participantes relataram fatores ambientais, como a atitude da família como facilitadores na vida da criança. Fatores ambientais, como as atitudes da família e atitudes sociais também foram consideradas como barreiras, como por exemplo não seguir as orientações do terapeuta.
Balestro JI, Fernandes FDM. (2019)³⁶36. Balestro JI, Fernandes FDM. Caregivers' perception of children with Autism Spectrum Disorder regarding to the communicative profile of their children after a communicative orientation program. CoDAS. 2019;31(1):e20170222. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20182018222. PMID: 30843922. https://doi.org/10.1590/2317-1782/201820...	Analisar a percepção de cuidadores de crianças com TEA quanto ao perfil funcional da comunicação de seus filhos.	Cuidadores de 62 crianças com diagnóstico de TEA, divididos em três grupos de intervenções.	No questionário utilizado, os pais relataram aumento na ocorrência dos meios gestual, vocal e verbal em todos os grupos, para expressar as funções comunicativas interpessoais, exceto no G2 (grupo onde os cuidadores receberam as mesmas orientações do programa, mas individualmente, e seus filhos receberam terapia individual). Nas funções comunicativas não interpessoais, houve diminuição da ocorrência do meio comunicativo gestual, aumento do meio verbal, sem diferença estatística entre os grupos. Quanto ao meio vocal, não houve diferença ao longo do tempo.

[1] Endereço para correspondência: Tatiana Bagetti, Universidade Federal Fluminense, Instituto de Saúde de Nova Friburgo, Rua Silvio Henrique Braune, 22, CEP: 28625-650 - Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil, E-mail: tatianabagetti@id.uff.br

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Perfil linguístico de crianças com transtornos de linguagem e fala e participação da família no processo terapêutico: revisão integrativa de literatura

RESUMO

Objetivo:

Métodos:

Revisão da Literatura:

Conclusão: