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Mulheres na cirurgia: as especialidades cirúrgicas acompanham a feminização da medicina no Brasil?

RESUMO

Introdução:

historicamente, as especialidades médicas cirúrgicas são, majoritariamente, masculinas, cenário o qual, nos últimos anos, passa por mudanças. Nesse sentido, apesar da relevância do crescimento da participação feminina na carreira médica, pouco se debate sobre a distribuição entre sexos das principais especialidades médicas cirúrgicas no país.

Objetivo:

discutir o processo de feminização nas especialidades cirúrgicas no Brasil ao longo dos últimos anos, traçando um perfil de distribuição dessas especialidades.

Métodos:

Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal com dados secundários oriundos dos Censos de Demografia Médica no Brasil dos anos de 2011, 2013, 2015, 2018, 2020 e 2023, incluindo as especialidades cirúrgicas:Urologia, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia Torácica, Neurocirurgia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia Cardiovascular, Cirurgia da Mão, Cirurgia Geral, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica, Oftalmologia, Coloproctologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Pediátrica e Ginecologia e Obstetrícia.

Resultados:

O sexo masculino prevalece em números, dentre as especialidades cirúrgicas, porém, com menor taxa de crescimento em comparação ao sexo feminino. Especialidades como a urologia, ortopedia e traumatologia e neurocirurgia são majoritariamente masculinas, enquanto a ginecologia e obstetrícia, feminina.

Conclusão:

evidencia-se que a participação feminina na área médica cirúrgica aumentou significativamente ao longo dos últimos anos.

Palavras-chave:
Medicina; Feminização; Mulheres Trabalhadoras; Distribuição de Médicos; Equidade de Gênero

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