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Fatores de risco na persistência ou recidiva da Lesão escamosa intraepitelial de alto grau (LIEAG)

RESUMO

Objetivos:

avaliar se o status das margens, idade, tamanho da lesão colposcópica, tipo de cirurgia e expressão dos marcadores p16/Ki-67 são fatores de risco na persistência ou recidiva da LIEAG.

Métodos:

um estudo de corte transversal, observacional com coleta de dados retrospectivos de pacientes submetidas a conização a frio (CF) ou exérese da zona de transformação por cirurgia de alta frequência EZT por NIC2/3. Foram analisados os seguintes fatores em relação a persistência ou recidiva: comprometimento das margens, idade, tamanho da lesão, tipo de cirurgia e coexpressão dos imunomarcadores p16 e Ki-67.

Resultados:

271 mulheres tratadas com CF (71) e EZT (200), onde 95 apresentavam NIC 2 e 173 NIC 3, 183 apresentaram margens cirúrgicas livres, 76 comprometidas e 12 prejudicadas por artefatos ou fragmentação. Das 76 pacientes com margens comprometidas, 55 foram endocervical, 11 ectocervical e 10 ambas as margens. Das 264 pacientes que tiveram seguimento, 38 persistiram ou recidivaram a doença. A regressão logística múltipla indicou ser a margem endocervical comprometida o único fator independente de risco de persistência/recorrência da NIC (p<0,001). Não houve associação significativa entre a idade, o tamanho da lesão colposcópica, o tipo de cirurgia e a expressão dos imunomarcadores p16/Ki-67 e a persistência ou recorrência da doença.

Conclusão:

entre os fatores estudados associados com persistência ou recorrência, somente a margem endocervical comprometida provou ser significativamente um fator risco para persistência ou recorrência da lesão.

Palavras-chave:
Neoplasia Intraepitelial Cervical; Conização; Recidiva

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