Acessibilidade / Reportar erro

Recidiva cervical no carcinoma papilífero da tireoide

RESUMO

Introdução:

o carcinoma papilífero da tireoide é um tumor com bom prognóstico. Entretanto, alguns pacientes tratados evoluem com recidiva cervical.

Objetivo:

avaliar os fatores de risco para recidiva cervical.

Métodos:

um estudo retrospectivo arrolou 89 pacientes (68 mulheres e 21 homens) diagnosticados com carcinoma papilífero, submetidos à tireoidectomia total. Em 21 pacientes, realizou esvaziamento cervical e, em 62, radioiodoterapia. Doze pacientes apresentaram recorrência linfonodal no período, com media de 3,6 anos.

Resultados:

dos 89 pacientes, 76,4% eram mulheres. A falha ocorreu em nove mulheres (13,23%) e três homens (14,28%). A média etária tanto dos pacientes recidivados como do grupo-controle foi de 44 anos. Dezoito pacientes (23,37%) no grupo-controle e oito (64,28%) dentre os que recidivaram tinham linfonodos positivos ao diagnóstico inicial. O tamanho tumoral foi significativamente maior no grupo de pacientes que apresentaram recidiva cervical (3,3 cm vs. 1,6cm - p=0,008, teste t de Student), o mesmo foi observado para a presença de linfonodos metastáticos quando da primeira cirurgia (p=0,004 - teste exato de Fisher). À análise multivariada, o tamanho tumoral foi fator de risco independente de recidiva (OR=2,4, IC95%:1,3-4,6 - p=0,007, regressão logística.

Conclusão:

para cada aumento de 1cm no maior diâmetro da lesão, há um aumento de 2,4 vezes no risco de recidiva linfonodal ao longo do acompanhamento.

Palavras chave:
Glândula Tireoide; Esvaziamento Cervical; Câncer Papilífero da Tireoide

Colégio Brasileiro de Cirurgiões Rua Visconde de Silva, 52 - 3º andar, 22271- 090 Rio de Janeiro - RJ, Tel.: +55 21 2138-0659, Fax: (55 21) 2286-2595 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revista@cbc.org.br