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Máquina de perfusão versus armazenamento estático na preservação renal de doadores com morte encefálica: revisão sistemática e metanálise.

RESUMO

Com a utilização crescente da máquina de perfusão no transplante renal, tem sido constatado que a isquemia dinâmica correlaciona-se à melhora da preservação orgânica. Nesse contexto, realizamos uma revisão sistemática que procurou avaliar a eficácia do uso de máquina de perfusão portátil (LifePort Kidney Transporter Machine®), utilizada no Brasil, comparada ao armazenamento estático, no que tange à função retardada do transplante renal de doadores com morte encefálica. Foi efetuada pesquisa bibliográfica, nas bases LILACS, MEDLINE via PubMed, Scopus, Clarivate Analytics, Cochrane Library, Embase, SciELO, além de busca manual no Google acadêmico. A revisão sistemática, finalizada em abril 2017, foi constituída somente por ensaios clínicos randomizados. Para metanálise, foram avaliadas Razão de Risco e Razão de Chance. Foram identificados 86 documentos e selecionados, ao final, dois artigos com critérios de elegibilidade para metanálise, de grupos europeus e brasileiros. Nestes, 374 rins foram alocados para a máquina de perfusão, e igual número para o armazenamento estático. A função retardada do enxerto foi constatada em 84 e 110 pacientes, respectivamente. Na metanálise, foram obtidas uma Razão de Risco de 0,7568 (p=0,0151) e uma Razão de Chance de 0,6665 (p=0,0225), ambas com intervalo de confiança de 95%. A máquina de perfusão reduziu a incidência de função retardada do enxerto de doadores com morte encefálica.

Descritores:
Transplante de Rim; Fluxo Pulsátil; Isquemia Fria; Função Retardada do Enxerto; Morte Encefálica.

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