RESUMO
A formação e estabilidade de agregados estão intimamente relacionadas à qualidade do solo, contribuindo de maneira significativa na capacidade de estocar carbono e manutenção de nutrientes no solo. Os agregados do solo são formados por duas vias distintas: a fisiogênica, relacionada a ciclos de umedecimento e/ou secagem e adição de matéria orgânica e a biogênica associada à ação dos organismos da macrofauna e de raízes. Neste estudo, objetivou-se separar os agregados conforme a via de formação e, posteriormente, quantificar e comparar os teores de carbono orgânico das substâncias húmicas e a estabilidade de agregados formados por diferentes vias e coberturas vegetais, na região do Médio Vale do Paraiba Fluminense, Pinheiral (RJ). Foram coletadas amostras indeformadas de solo na profundidade de 0-10 cm, em um Cambissolo Háplico Tb Distrófico, sob quatro coberturas vegetais: floresta secundária em diferentes estádios sucessionais - avançado (FSEA); médio (FSEM); inicial (FSEI) e uma área de pasto misto manejado (PMM). Os agregados foram separados e identificados em três classes morfológicas (fisiogênica, biogênica e intermediária). Posteriormente, foram determinados o diâmetro médio ponderado (DMP) e geométrico (DMG) dos agregados, fracionamento químico da matéria orgânica e quantificação dos teores de carbono orgânico total (COT) e das substâncias húmicas: humina (C-HUM), ácido húmico (C-FAH) e ácido fúlvico (C-FAF). Os agregados biogênicos foram encontrados em menor quantidade e apresentaram maiores teores de COT, C-HUM, C-FAH em comparação aos agregados intermediários e fisiogênicos. Dessa forma, os agregados biogênicos têm potencial para serem enquadrados como indicadores de qualidade do solo, associados a ambientes mais estruturados, capazes de manter os processos intrínsecos a sua formação.
Palavras-chave:
Morfologia de agregados; Fragmentos Florestais; Carbono orgânico; Substâncias húmicas.
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