RESUMO
No Brasil para conservar o solo e a água faz-se necessário a adoção do pacote tecnológico da agricultura conservacionista, em conjunto com o plantio em nível e o uso dos terraços agrícolas. Porém pouco se sabe sobre a percepção e o nível de adoção dessas práticas pelos agricultores. Neste contexto, o objetivo do estudo foi verificar a percepção e o nível de adoção de práticas de conservação do solo e da água por agricultores, em áreas agrícolas com culturas anuais, o objetivo do estudo foi verificar a percepção e o nível de adoção de práticas de conservação do solo e da água por agricultores, em áreas agrícolas com culturas anuais, em uma bacia hidrográfica; além de analisar a relação entre a adoção destas práticas e as características socioeconômicas destes agricultores. Para tanto, foi realizada uma pesquisa do tipo survey junto a agricultores da bacia hidrográfica do Rio Vermelho, no sul do Brasil. Com base nos resultados, verificou-se que a grande maioria dos agricultores tem percepção adequada acerca do uso das práticas de conservação do solo e da água. A manutenção da produtividade foi apontada como principal motivo para se conservar o solo e a água, enquanto que a redução de custo de produção e o controle da erosão aparecem como motivos secundários. O uso dos terraços agrícolas e o plantio direto foram as práticas mais adotadas pelos agricultores, e a rotação de culturas foi a menos adotada. Cerca de 78,3% dos proprietários de terra e 50% dos arrendatários adotaram o plantio direto. Porém, apenas 26,8% dos agricultores adotaram a agricultura conservacionista. No geral, verificou-se que a maioria dos agricultores adota medidas conservacionistas, mas de forma parcial, que podem não ser suficientes para garantir a conservação do solo e a da água. A conscientização sobre a conservação do solo e da água precisa ser melhorada.
Palavras-chave
Plantio direto; Terraços agrícolas; Rotação de culturas; Agricultura conservacionista; Degradação do solo.
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