RESUMO
As informações sobre os efeitos das condições climáticas na sobrevivência de espécies cultivadas em regiões semiáridas são imprescindíveis e, ainda, escassas, principalmente em se tratando de espécies rústicas como o maxixe (Cucumis anguria L.). Com isso, objetivou-se avaliar a germinação, crescimento e alterações bioquímicas em sementes de C. anguria sob estresse hídrico em diferentes regimes de temperaturas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 5, constituído de cinco potenciais osmóticos (0,0; -0,1; -0,2; -0,3; -0,4 MPa) e quatro temperaturas (20; 25; 30 °C e alternada 20-30 ºC), com cada tratamento composto por quatro repetições de 50 sementes. As sementes foram semeadas em papel toalha (Germitest®) e colocadas para germinar em germinadores do tipo Biochemical Oxygen Demand (B.O.D.), com fotoperíodo de oito horas de luz. Durante a condução do experimento, determinou-se a percentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação, comprimento das plântulas, teores de clorofilas e carotenoides, teores de prolina, aminoácidos livres e açúcares livres. A redução do potencial osmótico diminuiu a germinação, o crescimento e o teor de pigmentos cloroplastídicos das plântulas de C. anguria, porém sendo mais drástica em níveis inferiores a -0,2 MPa. As baixas temperaturas potencializaram os efeitos do estresse hídrico na germinação de sementes de C. anguria. Ocorreu aumento da síntese de osmólitos protetores em plântulas de C. anguria, porém estes não promoveram ajuste osmótico eficiente na fase inicial de desenvolvimento da plântula.
Palavras-chave:
Cucumis anguria; Cucurbitaceae; Déficit hídrico; Vigor
