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Estoque de carbono em uma floresta tropical seca no Brasil

RESUMO

As florestas secas são amplamente distribuídas nos trópicos, e estudos que visam quantificar o estoque de carbono nessas florestas são importantes para que possa ser quantificada sua participação como mitigadora dos efeitos das mudanças climáticas. Nesse sentido, objetivou-se com essa pesquisa quantificar o estoque de carbono nos componentes: arbustivoarbóreo, herbáceo, serrapilheira e raízes em um fragmento de floresta tropical seca, com 30 anos de regeneração, no município de Iguatú-CE. Inicialmente, realizou-se o inventário da vegetação, através de um levantamento florístico e fitossociológico do componente arbustivo-arbóreo. Posteriormente, estimou-se sua biomassa, empregando-se equações alométricas; em sequencia foi quantificado o carbono estocado. Já o estoque de carbono contido na serrapilheira e nas plantas herbáceas foi determinado através do monitoramento de suas biomassas, durante 24 meses, com posterior conversão dessas para carbono. O estoque de carbono contido nas raízes foi estimado através do produto entre suas biomassas e a concentração de carbono, para isso foram coletadas 20 amostras na camada de até 30 cm de profundidade no período seco e chuvoso, totalizando 40 amostras por ano. O teor de carbono varia de acordo com o compartimento avaliado, e somando-se o carbono estocado nos compartimentos arbustivo-arbóreo (19,27 t ha-1), serrapilheira (2,62 t ha-1), plantas herbáceas (0,57 t ha-1) e raízes (4,73 t ha-1), o carbono total estocado na floresta tropical seca com 30 anos de regeneração está em torno de 27,19 t C ha-1. Isso evidencia, portanto, a contribuição efetiva da floresta tropical seca na diminuição do CO2 atmosférico.

Palavras-chave:
Semiárido; Caatinga; Biomasa

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