Potencial propagativo de abacaxizeiros comerciais e impacto do intervalo de subcultivos no planejamento da produção

RESUMO

A medida do potencial propagativo de uma variedade, considerando a micropropagação para a obtenção das mudas, tem tido pouca atenção dos pesquisadores. O uso de técnicas estatísticas pouco usuais, a exemplo da taxa de crescimento geométrico e regressão exponencial, pode produzir informação relevante para o planejamento e aplicação nos subcultivos baseado no comportamento in vitro, o que poderá indicar a necessidade de melhorar o protocolo, assim como a influência dos ensaios de intervalos e repicagens precisa ser mais bem compreendido. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de três diferentes intervalos entre subcultivos no potencial propagativo de cultivares comerciais de abacaxizeiros visando otimização dos protocolos de micropropagação e no planejamento para a produção de mudas em escala comercial. Foram utilizadas gemas axilares das cultivares Perola, BRS Imperial e Smooth Cayenne para o estabelecimento e multiplicação in vitro, em ensaios com 30, 45 e 60 dias como intervalo de repicagem em seis subcultivos. A cultivar BRS Imperial apresentou os melhores resultados no ensaio de 30 dias. Embora o número de brotos cresça com o avanço dos subcultivos, há maior queda no potencial propagativo. Maiores intervalos de subcultivos apresentam menor produção de brotos e potencial propagativo, como ficou demostrado pela taxa de crescimento geométrico e uso de modelos log-linear de Poisson. Os ensaios e as ferramentas estatísticas utilizadas permitiram evidenciar que o protocolo necessita de ajustes para melhorar a produção da cultivar Smooth Cayenne que apresentou menor potencial propagativo.

Palavras-chave:
Comportamento in vitro; Taxa de crescimento geométrico; Modelos log-linear de Poisson