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Potencial fisiológico de sementes de sorgo sob condições de hidratação descontinuada e déficit hídrico

RESUMO

Ciclos de hidratação e desidratação durante a embebição das sementes podem influenciar o seu desempenho fisiológico, tornando-as mais vigorosas e resistentes a fatores abióticos como o estresse hídrico. Objetivou-se investigar se os tempos e ciclos de hidratação descontinuada condicionam maior tolerância ao déficit hídrico na germinação e vigor das sementes e acúmulo de compostos orgânicos em plântulas de sorgo. Foi desenvolvido estudo em delineamento experimental casualizado, com quatro repetições de 50 sementes. Os tratamentos foram arranjados em fatorial 3 × 4 × 6 (tempos de hidratação; ciclos de hidratação e desidratação; potenciais osmóticos). Determinou-se a curva de embebição da espécie, em três tempos X, Y e Z; e a curva de desidratação. Com esses tempos, as sementes foram submetidas a 0, 1, 2 e 3 ciclos de hidratação e desidratação (HD). Após, foram submetidas ao teste de germinação sob papel umedecido, com solução de polietileno glicol 6000 nos potenciais osmóticos 0,0 (água destilada), -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 MPa. A germinação e vigor de sementes de sorgo são severamente prejudicados em potenciais hídricos iguais ou superiores a -0,4 MPa. A aplicação de três ciclos de hidratação e desidratação por um período de 13h em sementes de sorgo melhora a tolerância ao déficit hídrico durante a germinação e desenvolvimento de plântulas, e proporciona maiores conteúdos de N-aminossolúveis e carboidratos solúveis totais.

Palavras-chave:
Sorghum Bicolor ; Memória Hídrica; Germinação; Estresse Hídrico; Vigor

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