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Associação entre Lychnorhiza lucerna Haeckel (Scyphozoa, Rhizostomeae) e Libinia ferreirae Brito Capello (Decapoda, Majidae) no sul do Brasil

Associações entre medusas e diversos outros organismos são freqüentemente relatadas. Entretanto sobre caranguejos que vivem em águas-vivas apenas alguns registros foram encontrados. Entre dezembro de 1997 e dezembro de 2004, foram coletados 1988 exemplares de Lychnorhiza lucerna Haeckel, 1888 na costa do Estado do Paraná (25º20'-25º55'S, 48º10'-48º35'W), Sul do Brasil. Oito por cento (166 indivíduos) das medusas abrigavam um caranguejo aranha Libinia ferreirae Brito Capello, 1871 no interior de seu pórtico subgenital ou sobre seus braços orais. Megalopas da mesma espécie também foram encontradas em três exemplares de L. lucerna. Todos os caranguejos encontrados associados eram jovens e menores (< 3 cm) do que os espécimes solitários capturados no fundo. Os resultados indicam que L. ferreirae coloniza a água-viva em sua fase pós-larval e a usa como um criadouro flutuante, antes de se estabelecer no fundo como um caranguejo adulto típico.

Brachyura; Cnidaria; Crustacea; simbiose


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