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Distribuição espacial de Ocypode quadrata (Crustacea: Ocypodidae) ao longo de ambientes estuarinos no sul do Brasil

O presente estudo avalia a distribuição espacial de Ocypode quadrata Fabricius, 1787 em treze praias estuarinas distribuídas ao longo dos dois principais eixos do complexo estuarino da Baia de Paranaguá, sul do Brasil. Em cada praia, a densidade de tocas do caranguejo em três níveis distribuídos em torno da marca da preamar foi estimada durante os períodos de verão e de inverno. Todas as praias apresentaram uma declividade bem acentuada (2,6 a 8,3º de inclinação) e a composição do sedimento variando, em direção ao interior do estuário, de areia fina bem selecionada a areia grossa muito pobremente selecionada. A salinidade da água variou entre 31 (próximo à desembocadura da baía) e 14 nas praias estuarinas mais internas. As densidades de tocas de O. quadrata nas praias estuarinas foram similares às registradas para as praias oceânicas. Entretanto, a ausência de tocas nas quatro praias estuarinas mais internas sugere que a salinidade junto com a penetrabilidade do sedimento possam ser fatores que inibam a ocorrência desse caranguejo nas regiões superiores do estuário. Entre as outras praias, a densidade de tocas mostrou uma marcada sazonalidade; os baixos valores observados durante o inverno estão provavelmente relacionados a um atraso na atividade dos caranguejos devido às baixas temperaturas durante o começo das manhãs de inverno. A ausência de um claro padrão de zonação foi relacionada à particular morfologia das praias estuarinas.

Ambientes de baixa energia; conservação e manejo; praias arenosas estuarinas; salinidade; zonação


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