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Análise da ultraestrutura das conchas de Anodontites trapesialis (Lamarck) e Anodontites elongatus (Swaison) (Mollusca, Bivalvia, Etherioidea) do Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Projeções da superfície externa do perióstraco e micro estruturas da concha foram redefinidas com base na microscopia óptica e eletrônica de varredura. A superfície do perióstraco é praticamente lisa em ambas espécies. Sob vista mesoscópica, A. trapesialis (Lamarck, 1819) apresenta corrugações regulares formando seqüências radiais de arcos na região do disco, raios isolados ou seqüências horizontais na região antero inferior. A. elongatus (Swainson, 1823) apresenta séries de arcos organizados radialmente no disco e arcos oblíquos na carena. Sob MEV, as micro estrias são mais evidentes em A. elongatus; A. trapesialis apresenta micro franjas muito diversas quanto a forma e padrão, principalmente em jovens. Considerando as camadas da concha, o perióstraco é mais fino em A. elongatus. A camada prismatica é espessa nas duas espécies, com uma série única de prismas alongados e em forma de cunha próximo à superfície externa. A camada nacarada compõe-se de lamelas muito finas, sem padrão ou do tipo escadaria; em A. elongatus esta camada é dividida por uma inclusão laminar de conchiolina. As franjas são abundantes e diversificadas em A. trapesialis, espécie menos resistente à dessecação devido à presença de ampla fresta intervalvar. A ocorrência de uma grande densidade de micro franjas e espinhos nos juvenis, estaria relacionada à orientação do animal na busca por local ideal ao seu desenvolvimento ou para escapar das regiões sujeitas às secas sazonais, como o Pantanal.

Mycetopodidae; projeções perióstraco; camadas concha


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