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Observações sobre a história natural do lagarto Mabuya macrorhyncha Hoge (Scincidae) na Ilha da Queimada Grande, São Paulo, Brasil

Dados são apresentados referentes à dieta, biologia térmica, uso de microhabitats, reprodução e parâmetros de infecção por helmintos de uma população de Mabuya macrorhyncha Hoge, 1946 habitando a pequena ilha da Queimada Grande, na costa sul do Estado de São Paulo. Os lagartos foram coletados em novembro de 1997 (primavera) e em julho de 1998 (inverno). A maioria dos lagartos foi encontrada empoleirada acima do solo, principalmente sobre vegetação herbácea. As temperaturas corpóreas médias dos lagartos foram significativamente mais altas na primavera (32,6 ± 1,9ºC) do que no inverno (28,5 ± 2,4ºC), como ocorreu com as temperaturas do ar. O tamanho médio de ninhada das fêmeas foi de 2.7 (amplitude 2-3). A dieta foi composta por artrópodes variados e por alguns pequenos frutos. Dos 19 lagartos examinados, 16 (84.2%) estavam infectados por helmintos. Três espécies de helmintos (um acantocéfalo e dois nematódeos) foram encontrados infectando os lagartos. Quando comparada a outras populações de M. macrorhyncha previamente estudadas em áreas continentais, a população da Queimada Grande parece ser menos fortemente associada a bromélias, consumir material vegetal (frutos) mais freqüentemente, e ter uma fauna de helmintos mais pobre.

Ambiente insular; biologia termal; dieta; endoparasitas; scincideo


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