O custo dos insumos utilizados na suplementação alimentar e a riqueza do semiárido em forrageiras eudicotiledoneas de bom valor nutritivo despertaram a idéia de desenvolver tecnologias adaptadas às condições tropicais semiáridas. O sal forrageiro é uma tecnologia que está sendo desenvolvida pelo grupo de pesquisa em Zootecnia Tropical (CNPq), do Centro de Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CCAAB/UFRB). Definido como uma mistura de sal mineral com feno moído de forrageiras eudicotiledôneas, dentre elas algumas espécies vegetais xerófilas, o sal forrageiro consiste em uma tecnologia de baixo custo, com grande potencial de aplicação no sistema de produção de ruminantes. Nesta técnica, o sal é utilizado como controlador de consumo e, como tal, facilita sobremaneira o fornecimento do feno da eudicotiledônea, uma vez que sua presença na mistura a torna salgada, fazendo com que os animais realizem a ingestão do feno de forma lenta e repetida, evitando assim o consumo elevado da forrageira por todos ou alguns animais, as brigas entre eles e o consumo reduzido por outros indivíduos. Os trabalhos de pesquisa com sal forrageiro têm apresentado respostas satisfatórias no desempenho dos animais, e, sem dúvida, esta técnica facilita o manejo alimentar do rebanho.
caatinga; forragem; pecuária; semiárido; sustentabilidade