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Desempenho de vacas doadoras zebuínas (Bos indicus) e taurinas (Bos taurus) na produção de embrião in vitro

RESUMO

O objetivo foi avaliar a produção in vitro de embriões bovinos a partir de doadoras zebuína e taurina. Os complexos cumulus oócitos (COC’s) foram obtidos de 167 doadoras Bos taurus e 161 Bos indicus, por meio de Ovum pick-up. Os COC’s foram classificados quanto à qualidade morfológica, maturados em incubadora por 22 a 24h em meio de maturação, e encaminhados à fertilização entre 18 e 22h. Os zigotos foram transferidos para meio de cultivo, onde permaneceram durante sete dias. Os embriões foram classificados em mórula (MO), blastocisto inicial (BI), blastocisto (BL) e blastocisto expandido (BX), envasados em palhetas contendo meio de cultivo, e inovulados em receptoras sincronizadas. Após 30 e 45 dias da inovulação, realizou-se o diagnóstico de gestação. Os animais Bos indicus apresentaram maior produção oocitária (n = 2556) em comparação aos Bos taurus (n = 1903) (P = 0,008). Os COCs das doadoras zebu apresentaram melhor qualidade morfológica do que das doadoras taurina (n = 689 vs. 444 para COCs grau I, P < 0,0001; n = 681 vs. 509 para COCs grau II, P = 0,010, para doadoras zebu e taurina, respectivamente). Quanto à produção de embriões, houve diferença nas porcentagens obtidas de MO (0,44% zebuínas e 6,42% taurinas, P = 0,017), BL (14,18% zebuínas e 3,74% taurinas, P < 0,0001) e BX (81,43% zebuínas e 75,13% taurinas, P < 0,0001). Não foi observado diferença para BI e taxa de prenhez (P > 0,05). Os animais Bos indicus apresentaram maior recuperação oocitária e maior número de oócitos viáveis em comparação às vacas Bos taurus, como também, maior produção de embriões viáveis.

Palavras-chave:
biotécnicas reprodutivas; cultivo in vitro; oócitos; blastocisto

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