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Trabalhadores(as) da saúde e a COVID-19: condições de trabalho à deriva?

Resumo

Objetivos:

analisar as condições de trabalho dos profissionais de saúde que atuam na pandemia de COVID-19, no Brasil, com base em reportagens publicadas na internet por veículos de comunicação jornalística.

Métodos:

análise qualitativa de 22 reportagens selecionadas de dois dos principais portais de notícias brasileiros, publicadas entre 20 e 30 de abril de 2020. Por meio da análise temática de conteúdo, foram definidas cinco categorias: Equipamento de Proteção Individual (EPI); profissionais de saúde com comorbidade na linha de frente; adoecimento e morte pelo trabalho; acesso ao tratamento e afastamento do trabalho; desistência do trabalho e atualização profissional.

Resultados:

as reportagens evidenciaram condições de trabalho inadequadas por ausência e/ou precariedade dos EPI; continuidade do trabalho de profissionais de saúde com comorbidades; adoecimento e mortes pela COVID-19; tensão e medo de serem infectados(as) e de lidar com o adoecimento e morte de colegas; dificuldades no acesso aos testes de COVID-19 e para afastamento do trabalho para tratamento; desistências de trabalhar na atividade; necessidade de atualização rápida para o cuidado em saúde na COVID-19.

Conclusão:

o cenário pandêmico deixa evidente a necessidade primordial de investimento público no cuidado daqueles(as) que estão à frente dos atendimentos à população.

Palavras-chave:
condições de trabalho; infecção por coronavírus; equipamentos de proteção; meios de comunicação de massa; saúde do trabalhador

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