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Ocupação e câncer no Brasil: um desafio perene

Resumo

Introdução:

a incidência do câncer tem aumentado continuamente no mundo, especialmente em países de baixa e média renda.

Objetivo:

identificar e sintetizar o conhecimento sobre exposição ocupacional e câncer, com ênfase na produção científica brasileira.

Métodos:

ensaio elaborado com base em revisões realizadas nas bases SciELO e PubMed.

Resultados:

um estudo recente identificou 47 agentes ocupacionais entre os 120 agentes classificados como definitivamente cancerígenos para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. Estudos realizados nas duas últimas décadas indicaram frações de câncer atribuíveis à ocupação, variando de 1,3% no Brasil a 8% na Finlândia, embora os critérios para aferir a exposição nesses estudos possam ser questionados. No Brasil, a produção científica sobre ocupação e câncer é limitada. A Revista Brasileira de Saúde Ocupacional publicou, entre janeiro de 2003 e julho de 2022, seis artigos sobre o tema. Na base PubMed, de 2012 a 2022, foram identificados 14 estudos realizados no Brasil.

Conclusão:

ampliar pesquisas nesta área realizadas no país é imperativo para obtenção de estimativas mais precisas de trabalhadores expostos a cancerígenos e tumores malignos relacionados, essencial para subsidiar ações de saúde pública e normas sobre limites de exposição ou banimento de agentes, reduzindo o fardo do câncer na sociedade brasileira.

Palavras-chave:
câncer; trabalho; exposição ocupacional; saúde do trabalhador; Brasil

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