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Prevalência da oferta de complemento alimentar para o recém-nascido

Resumo

Objetivos:

identificar a prevalência e os fatores determinantes da oferta do complemento alimentar para o recém-nascido.

Métodos:

estudo transversal, aninhado a um estudo de coorte que avaliou a assistência ao neonato em quatro maternidades públicas de Natal/Brasil. Amostra composta de 415 mães, e recém-nascidos à termo, com peso adequado para idade gestacional e Apgar no 1º e 5º minuto ≥ 7. Para analisar os fatores determinantes, foi utilizado a regressão de Poisson.

Resultados:

dos 415 recém-nascidos, 51,3% receberam complemento (57,6% na primeira hora de vida), dos quais 92% com fórmula infantil. Destes, apenas 50,7% foi prescrito pelo médico. A deficiência de colostro foi o principal motivo de indicação (33,8%). A idade materna ≤ 20 anos (RP=0,64; IC95%=0,47-0,86) e entre 20-30 anos (RP=0,70; IC95%=0,57-0,87, em comparação com mulheres acima de 30 anos, mostrou-se como fator de proteção, enquanto ser primípara (RP=1,37; IC95%=1,11-1,60) e o parto cesárea (RP=1,2; IC95%=1,00-1,45) como fatores de risco.

Conclusão:

as características maternas e assistenciais estão associadas à oferta de complemento alimentar ao recém-nascido nas primeiras horas de vida. A alta prevalência mostra a necessidade de intervenções que minimizem a oferta inadequada de fórmula infantil, e promovam o aleitamento materno exclusivo antes da alta hospitalar.

Palavras-chave
Nutrição do lactente; Fórmulas infantis; Aleitamento materno; Desmame; Suplementação alimentar

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