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Roedores como potenciais reservatórios de Borrelia spp. no norte do Chile

Resumo

Pequenos mamíferos possuem um papel essencial na transmissão e manutenção de espiroquetas do gênero Borrelia. No Chile, estudos recentes têm descrito novos genótipos de Borrelia em carrapatos, parasitando pequenos mamíferos. Isso sugere que esses vertebrados podem atuar como possíveis reservatórios dessas espiroquetas. Considerando-se essa evidência, o objetivo deste estudo foi determinar a presença de DNA de Borrelia em pequenos mamíferos da região norte do Chile. Durante o inverno de 2018, 58 pequenos mamíferos foram capturados em cinco localidades. Amostras de sangue obtidas a partir dos indivíduos capturados foram submetidas à extração de DNA e ensaios de PCR, para a detecção de Borrelia spp. baseados no gene flaB e espaçador intergênico rrs–rrlA (IGS). A partir de três espécimes (5%) pertencentes a duas espécies de roedores da família Cricetidae (Phyllotis xanthopygus e Oligoryzomys longicaudatus) obtiveram-se três genótipos de Borrelia para o gene flaB e dois para IGS. Análises filogenéticas inferidas, usando-se os métodos Bayesiano e de Máxima Verossimilhança, indicaram que as sequências geradas neste estudo agrupam-se com borrelias do grupo da Febre Recorrente e Borreliose de Lyme. Os achados deste estudo sugerem que roedores P. xanthopygus e O. longicaudatus poderiam atuar como possíveis reservatórios para Borrelia spp. no Chile.

Palavras-chave:
Borrelia; doenças infecciosas; pequenos mamíferos; reservatórios; roedor; Chile

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