RESUMO
OBJETIVO:
Comparar a incidência de disestesia peri-incisional de acordo com o tipo de incisão para retirada de enxerto flexor na reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho.
MÉTODOS:
Foram divididos em dois grupos 33 pacientes: Grupo 1, composto por 19 pacientes operados pela técnica com incisão oblíqua para o acesso aos flexores, e Grupo 2, composto por 14 pacientes operados pela técnica com incisão vertical. Os pacientes selecionados foram examinados no pós-operatório. Dados demográficos e a prevalência da disestesia foram avaliados por meio de digitopressão em torno da região incisada e a prevalência foi classificada de acordo com a escala de Highet.
RESULTADOS:
A taxa total de disestesia foi de 42% (14 pacientes). Cinco pacientes (26%) do grupo da incisão oblíqua apresentaram sintomas de disestesia. No grupo submetido à técnica com incisão vertical, o acometimento foi de 64% (nove pacientes). Nos 33 joelhos avaliados, a região superior-lateral foi a área mais acometida, enquanto as regiões superior-medial e inferior-medial foram afetadas em apenas um paciente (7,1%). Não foram observadas diferenças estatísticas entre os dois grupos em relação ao peso, à idade e à altura dos pacientes, bem como o tamanho da incisão.
CONCLUSÃO:
Os pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho com a técnica com acesso oblíquo apresentaram incidência de disestesia peri-incisional cinco vezes menor em relação àqueles que foram submetidos à técnica com acesso vertical.
Palavras-chave:
Ligamento cruzado anterior; Reconstrução; Disestesia