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Resultados preliminares da prótese total metatarsofalângica METIS-Newdeal®

Resumos

OBJETIVO: Avaliar os resultados preliminares da prótese METIS-Newdeal® como tratamento de hallux rigidus grau III/IV. MÉTODOS: Estudo prospectivo de oito próteses MTF colocadas em seis pacientes entre nov/2007 e jul/2009. A idade média foi de 55 anos e o tempo de seguimento após a cirurgia de 50 semanas. Na avaliação dos resultados foi utilizado o escore AOFAS-MTF e controle imageológico por radiografia. RESULTADOS: Verificou-se um aumento pontual significativo do escore AOFAS-MTF que passou de 42p pré-operatório para 82p após a cirurgia (↑1,95x), tendo sido ao nível da função o maior ganho. Radiologicamente não se identificaram intercorrências. Dos cinco pacientes operados, apenas um se mostrou descontente com a cirurgia, após o surgimento de infecção precoce no local cirúrgico, sendo que corresponde à única complicação pós-op encontrada. CONCLUSÃO: A artroplastia total metatarsofalângica METIS-Newdeal® apresenta resultados promissores no curto prazo. No entanto, é necessário avaliar um maior número de casos com um tempo de seguimento mais longo para que se possa obter conclusões mais consistentes.

Hallux Rigidus; Articulação Metatarsofalângica; Artroplastia


OBJECTIVE: To evaluate the preliminary results from the METIS-Newdeal® metatarsophalangeal prosthesis for treating hallux rigidus grade III/IV. METHODS: This was a prospective study on eight metatarsophalangeal prostheses that were placed in six patients between November 2007 and July 2009. The patients' mean age was 55 years and the mean follow-up after the surgery was 50 weeks. The results were evaluated using the AOFAS-MTF score and x-ray images as controls. RESULTS: The AOFAS-MTF score increased significantly from 42p before the surgery to 82p after the surgery (↑1.95x), mainly due to improvement in the functional level. No intercurrences were identified radiologically. Among the five patients who underwent operations, only one expressed dissatisfaction with the surgery: this was expressed after early infection appeared at the surgical site, and it was the only postoperative complication found. CONCLUSION: Total metatarsophalangeal arthroplasty using METIS-Newdeal® presented promising short-term results. However, evaluations on a larger number of cases with a longer follow-up are needed in order to draw more consistent conclusions.

Hallux Rigidus; Metatarsophalangeal Joint; Arthroplasty


ARTIGO ORIGINAL

Resultados preliminares da prótese total metatarsofalângica METIS-Newdeal®

Preliminary results from the METIS-Newdeal® total metatarsophalangeal prosthesis

Luís Fernando Nunes Pires SilvaI; Cristina Varino SousaI; Ricardo Rodrigues PintoII; Claudia SantosII; José Muras GeadaIII

IMédico Interno Complementar de Ortopedia e Traumatologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE, Porto - Portugal

IIMédico Interno Complementar de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar do Porto - Hospital de Santo António, EPE, Porto - Portugal

IIIMédico Especialista de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar do Porto - Hospital de Santo António, EPE, Porto - Portugal

Correspondência Correspondência: Rua Conde Campo Bello, 105 1ºG - 4200-603 - Porto, Portugal E-mail: medicina.mail@gmail.com

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar os resultados preliminares da prótese METIS-Newdeal® como tratamento de hallux rigidus grau III/IV.

MÉTODOS: Estudo prospectivo de oito próteses MTF colocadas em seis pacientes entre nov/2007 e jul/2009. A idade média foi de 55 anos e o tempo de seguimento após a cirurgia de 50 semanas. Na avaliação dos resultados foi utilizado o escore AOFAS-MTF e controle imageológico por radiografia.

RESULTADOS: Verificou-se um aumento pontual significativo do escore AOFAS-MTF que passou de 42p pré-operatório para 82p após a cirurgia (↑1,95x), tendo sido ao nível da função o maior ganho. Radiologicamente não se identificaram intercorrências. Dos cinco pacientes operados, apenas um se mostrou descontente com a cirurgia, após o surgimento de infecção precoce no local cirúrgico, sendo que corresponde à única complicação pós-op encontrada.

CONCLUSÃO: A artroplastia total metatarsofalângica METIS-Newdeal® apresenta resultados promissores no curto prazo. No entanto, é necessário avaliar um maior número de casos com um tempo de seguimento mais longo para que se possa obter conclusões mais consistentes.

Descritores: Hallux Rigidus; Articulação Metatarsofalângica; Artroplastia

ABSTRACT

OBJECTIVE: To evaluate the preliminary results from the METIS-Newdeal® metatarsophalangeal prosthesis for treating hallux rigidus grade III/IV.

METHODS: This was a prospective study on eight metatarsophalangeal prostheses that were placed in six patients between November 2007 and July 2009. The patients' mean age was 55 years and the mean follow-up after the surgery was 50 weeks. The results were evaluated using the AOFAS-MTF score and x-ray images as controls.

RESULTS: The AOFAS-MTF score increased significantly from 42p before the surgery to 82p after the surgery (↑1.95x), mainly due to improvement in the functional level. No intercurrences were identified radiologically. Among the five patients who underwent operations, only one expressed dissatisfaction with the surgery: this was expressed after early infection appeared at the surgical site, and it was the only postoperative complication found.

CONCLUSION: Total metatarsophalangeal arthroplasty using METIS-Newdeal® presented promising short-term results. However, evaluations on a larger number of cases with a longer follow-up are needed in order to draw more consistent conclusions.

Keywords: Hallux Rigidus; Metatarsophalangeal Joint; Arthroplasty

INTRODUÇÃO

A patologia degenerativa da primeira articulação metatarsofalângica (MTF), conhecida como hallux rigidus foi descrita pela primeira vez em 1887 por Davies-Colley-Cotterill apud Faraj(1) e cursa com perda progressiva do arco de movimento articular, dor à mobilização (especialmente na dorsiflexão) e deformidade. Atinge cerca de 2% da população acima dos 50 anos(2), desenvolvendo-se predominantemente no sexo feminino, estando associada ao primeiro metatarsiano longo, articulação MTF plana e à história traumática em hiperextensão.

Várias opções terapêuticas estão disponíveis dependendo do estádio degenerativo MTF presente, podendo incluir medidas de suporte conservadoras até atos cirúrgicos como a queilectomia, osteotomias do primeiro metatarsiano ou falange, operação de Keller ou a artrodese MTF. A artroplastia MTF foi proposta pela primeira vez no final do século XIX por Heuter utilizando uma prótese em acrílico(3), e desde então várias evoluções foram apresentadas. Swanson em 1979 propôs a utilização de prótese de interposição em silicone (Silastic®)(4). Contudo, estas apresentaram várias complicações desde a fratura da prótese, até sinovite e lise óssea relacionadas a partículas de silicone de desgaste(5-7). Em 1994, foi testada a utilização de componentes em cerâmica de zircónio (Moje®) mas que sofreram também vários contratempos essencialmente pela fratura do material(2,8,9).

Outras soluções e materiais foram propostos na tentativa de encontrar o modelo de prótese que replicasse a anatomia e a biomecânica articular normal, e que ao mesmo tempo permitisse uma utilização duradoura.

Neste trabalho são apresentados os resultados preliminares de oito artroplastias MTF realizadas no Centro Hospitalar do Porto - Hospital de Santo António (CHPHSA), utilizando a prótese METIS-Newdeal®, com um tempo de seguimento médio de 50 semanas.

MATERIAL E MÉTODOS

A prótese

A prótese METIS® é constituída por três componentes: metatarsiano (em liga de cromo-cobalto), falângico (em titânio), e um componente de interposição de polietileno de terceira geração. Os componentes metatarsiano e falângico são revestidos por hidroxiapatita. O desenho tenta preservar a anatomia normal da articulação MTF, preservando os ossos sesamoides e as suas inserções tendinosas, esperando-se um arco de movimento de cerca de 85º (-20:0:60) (Figura 1).


O estudo

Entre novembro de 2007 e julho de 2009, foi desenvolvido um estudo prospectivo em que se avaliam os resultados clínicos e funcionais de oito artroplastias totais MTF utilizando a prótese METIS® realizadas em seis pacientes no CHP-HSA. Dois pacientes foram submetidos (em tempos operatórios diferentes) à artroplastia bilateral. Em todos eles, a indicação cirúrgica foi a presença de hallux rigidus doloroso e com limite funcional importante (graus 3 e 4 de Coughlin). O grupo foi constituído por quatro pacientes do sexo masculino e dois do sexo feminino, com idade média à data da cirurgia de 55 anos (42-63). Como comorbidades de relevo, dois pacientes sofrendo de diabetes mellitus encontrando-se medicados para tal.

Todos os pacientes foram avaliados pré-operatoriamente utilizando o escore AOFAS-MTF (American Orthopaedic Foot & Ankle Society) para a articulação metatarsofalângica que varia entre 0 e 100 pontos e que avalia parâmetros como a dor (40p), função (45p) e alinhamento (15p).

Todas as cirurgias foram realizadas pelo mesmo cirurgião, tendo sido utilizada sempre a mesma técnica cirúrgica. No pós-operatório imediato, os pacientes foram estimulados a realizar movimentos passivos e ativos (conforme tolerado), seguindo-se duas semanas de marcha em descarga parcial com sapato de Baruk e apoio de canadianas. A primeira observação em consulta externa hospitalar foi realizada aos 15 dias em que foram retirados os pontos de sutura. Às seis semanas após a cirurgia, foi realizada radiografia de controle para avaliar a integração e alinhamento da prótese, e iniciou-se a coleta de informação para completar o escore AOFAS-MTF. Aos pacientes foi pedido também que referissem o seu grau de satisfação com a cirurgia dizendo se voltariam a repetir a cirurgia ou não. O tempo médio de seguimento foi de 50 semanas (13-64).

RESULTADOS

Pré-operatórios

O escore AOFAS-MTF médio foi de 42 pontos (12-52), com escores parciais de: dor (19p), função (15p) e alinhamento (8p). Antes da cirurgia, todos os pacientes referiram como fator decisivo para a realização da cirurgia as expectativas de diminuição de dor e melhoria da capacidade de marcha.

Pós-operatórios

Em reavaliação na consulta externa, verificou-se uma subida significativa do escore AOFAS-MTF médio para 82 pontos (50-95) (Figura 2). Desdobrando este escore, verificou-se uma melhoria em todos os escores parciais: dor (33p), função (36p) e alinhamento (14p). Os resultados foram mais evidentes ao nível da função, em que o aumento pontual foi 2,4x superior relativamente ao escore pré-operatório (Tabela 1).


Radiologicamente, nenhuma prótese mostrou sinais de sutura precoce, fratura ou problemas de desalinhamento dos componentes (Figura 3).


Relativamente ao grau de satisfação após a cirurgia, apenas um paciente referiu estar desiludido com os resultados, muito à custa de uma intercorrência infecciosa que sofreu e que condicionou os resultados.

Complicações

Um paciente teve uma intercorrência intraoperatória com fratura da falange proximal do hallux. No entanto, essa fratura não impediu a conclusão da cirurgia, não tendo sido necessário modificar o protocolo pós-operatório utilizado. No seguimento apresentou resultados semelhantes aos pacientes sem qualquer intercorrência.

Um paciente apresentou infecção do local cirúrgico às sete semanas após a cirurgia. Foi tratado de imediato com antibioterapia oral (amoxicilina + clavulamato) com aparente cura. Em termos de resultados, até às sete semanas apresentava melhoria do escore AOFAS-MTF relativamente ao seu escore pré-operatório; após o processo infeccioso, este escore diminuiu drasticamente, sendo o paciente com o pior resultado do grupo emestudo. É também o único paciente que refere estar desiludido com a cirurgia e que não voltaria a repetir o procedimento.

DISCUSSÃO

Dependendo do grau de hallux rigidus, a queilectomia, a operação de Keller e a artrodese MTF são consideradas como os tratamentos gold standard para

o tratamento desta patologia. Embora apresentem resultados satisfatórios em muitos casos, não são imunes a insucessos ou complicações. A queilectomia é utilizada com bons resultados no alívio da dor apenas em estádios iniciais em que o espaço articular e o arco de mobilidade está preservado ou apenas limitado por dor na dorsiflexão(10), não estando indicada para situações mais avançadas. Em pacientes em que já existe destruição significativa da articulação MTF, a ressecção da porção proximal da primeira falange (operação de Keller) ou a artrodese MTF são as opções clássicas. Embora a operação de Keller mantenha um arco de movimento MTF aceitável, o faz à custa de perda de força de impulsão na marcha não estando indicada em pacientes jovens ou de meia-idade ativos. A longo prazo, o desenvolvimento de metatarsalgia central de transferência em cerca de 30% dos pacientes(11) ou hálux em colo de cisne, pode causar problemas com o uso de calçado padrão. A artrodese da primeira MTF é considerada por muitos como o tratamento a realizar em pacientes jovens ou ativos por apresentar resultados positivos a longo prazo no alívio da dor e por preservar a transmissão de forças de impulsão ao hálux, permitindo até determinadas atividades desportivas(12). Contudo, estudos mostraram que esta é uma cirurgia que apresenta uma elevada taxa de insucesso na fusão metatarsofalângica (> 20%)(1) e que, apesar de uma artrodese bem sucedida habitualmente não necessitar de revisão cirúrgica, esta fusão articular altera a biomecânica do antepé. Muitos pacientes desenvolvem calosidades sob as cabeças dos outros metatarsianos por transferência de cargas, assim como é frequente o desenvolvimento de dor na articulação interfalângica do hálux(1). Vários referem também que, embora consigam fazer as atividades diárias com diminuição da dor, deixaram de poder utilizar o calçado padrão. Isto é referido essencialmente pelos pacientes jovens do sexo feminino (26%) dada a impossibilidade de utilizarem sapatos de salto alto, e por indivíduos com necessidade frequente de adotarem a posição de cócoras.

A realização de artroplastia MTJ com implante tem a vantagem de se poder obter alívio sintomático mantendo a anatomia e uma transmissão de forças o mais próximo possível da normalidade.

Historicamente, vários modelos de prótese MTF já foram propostos. No entanto, todos eles apresentaram complicações que impediram a sua utilização de forma corrente como tratamento do hallux rigidus.

As próteses em silicone foram apresentadas pela primeira vez em 1979 por Swanson et al(4). Em estudos realizados para avaliar os resultados destas próteses (Silastic®), encontramos grande variabilidade de conclusões que vão desde o sucesso a longo prazo(13,14) até à falência precoce. Shankar(5), em 1995, apresentou um estudo de 40 pacientes com seguimento médio de 110 meses em que a taxa de complicações foi de 36%, na sua maioria relacionadas com fragmentação do silicone. É também referida a alta incidência de reações granulomatosas a partículas de silicone em cerca de 72% dos pacientes e que provocam osteólise significativa(6,7).

Em 1994, Townley e Taranow(15) desenvolveram uma hemiprótese de componente falângico em titânio. Contudo, os resultados foram sobreponíveis aos das próteses em silicone mais antigas, não superando assim as expectativas criadas(16). Raikin et al(17) apresentaram um estudo em que comparam os resultados entre 21 hemiartroplastias e 27 artrodeses MTF, com um tempo de seguimento médio de 79 meses, não tendo encontrado vantagens na realização da hemiartroplastia.

Em 2002, a Medical Devices Agency do Reino Unido publicou um alerta que motivou a retirada do mercado das próteses screw-fit Moje® pela sua elevada taxa de falência(2). Redfern et al(8), em 2003, publica-ram uma revisão de 119 pacientes cujos resultados ao primeiro ano foram alarmantes, com 14% de revisões cirúrgicas e 5% de próteses com osteólise significativa embora assintomática. Esta prótese foi modificada, passando a possuir como meio de fixação/integração ósseo um sistema press-fit. Malviya et al(18) apresentaram resultados positivos com este novo sistema Moje em um seguimento médio de 35 meses. No entanto, outros estudos reportam casos de falência da prótese press-fit Moje® por problemas com os materiais utilizados (cerâmica de zircónio)(9), e em 2007, Nixon e Taylor(2) publicaram os resultados de um estudo de 21 próteses concluindo que existe uma taxa de falência inaceitável com necessidade de revisão cirúrgica de cerca de 29% e uma taxa de complicações de 71% em três anos.

Após os problemas com as próteses iniciais, surgiu no mercado um novo modelo de prótese não restritiva e anatômica. Notni et al(19), em 2001, avaliaram os resultados da prótese ReFlexion® (semelhante à METIS®), verificando uma diminuição significativa da dor e um elevado grau de satisfação dos pacientes após a cirurgia. Esses bons resultados foram reforçados por Fuhrmann(20), em 2005, que verificou uma melhoria do escore AOFAS médio de 51p (pré-operatório) para 74p (pós-operatório) em um seguimento de 39 meses utilizando a mesma prótese. No entanto, ambos verificaram a existência de imagens de translucência periprotésica em metade das próteses sem tradução clínica.

Fazendo a análise das vantagens da prótese METIS® pode-se referir o fato de esta manter a função articular metatarsofalângica com amplitudes de movimento dentro dos padrões da anatomia normal; os excelentes resultados clínicos e funcionais obtidos neste estudo, com aumento do escore AOFAS-MTF médio de 42 para 82 (+40p); e o elevado grau de satisfação dos pacientes com os resultados finais. Como desvantagens, surge o custo da prótese (> 1.000€) comparativamente a outros procedimentos mais simples e baratos (operação de Keller, artrodese), o fato de ser uma técnica cirúrgica mais exigente e demorada e possuir um tempo de aprendizagem mais longo.

Ao estudo podemos colocar alguns reparos dado que se apresenta ainda em fase inicial, com pouco tempo de seguimento, e com poucos casos em avaliação. Os pacientes estão a ser avaliados em consulta externa a tempos irregulares e os resultados podem estar a ser influenciados pela própria curva de aprendizagem do cirurgião e sua equipe.

CONCLUSÃO

A artroplastia total metatarsofalângica com a prótese METIS-Newdeal® aparenta ser uma alternativa válida para o tratamento das patologias desta articulação. No entanto, são necessários mais dados e mais tempo de seguimento para obter resultados conclusivos e estatisticamente significativos. Será necessário também comparar a longo prazo os resultados obtidos com os resultados dos tratamentos clássicos.

REFERÊNCIAS

Trabalho recebido para publicação: 05/03/10, aceito para publicação: 18/05/10.

Trabalho realizado no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar do Porto - Hospital de Santo António, EPE, Porto, Portugal.

Declaramos inexistência de conflito de interesses neste artigo

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      22 Jun 2011
    • Data do Fascículo
      Abr 2011

    Histórico

    • Recebido
      05 Mar 2010
    • Aceito
      18 Maio 2010
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