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Relação do impacto femoroacetabular e pubalgia em jogadores profissionais de futebol de campo

Resumo

Objetivo

Analisar a relação entre a pubalgia e o impacto femoroacetabular (IFA) em atletas profissionais de um clube de futebol, definindo a prevalência de pubalgia e de impacto femoroacetabular na casuística estudada.

Métodos

É um estudo epidemiológico, transversal e analítico. Foram selecionados 90 atletas profissionais de futebol atuantes no período de 2019-2021. Foram acessados os prontuários para obtenção do protocolo PCMA modificado, além de exame físico ortopédico e de radiografias da bacia com incidência anteroposterior para avaliação de pubalgia e IFA, respectivamente. Critérios de Inclusão: Atletas que atuaram no clube de futebol de campo profissional na temporada de 2019 a 2021, que foram submetidos a aplicação do PCMA modificado na admissão e que assinaram o TCLE.

Resultados

O IFA apresentou elevada prevalência na amostra (85.6%), o que pode ocorrer pois, no Brasil, os jovens iniciam a prática esportiva em idade muito precoce, além do fato de os jogadores nem sempre praticarem o esporte em campos adequados ou com equipamentos e supervisão adequada. Ademais, o impacto tipo CAM foi o mais frequente (62.2%). O surgimento dessas lesões é relacionado a movimentos de alta intensidade, como os vistos no futebol. Outrossim, observou-se que não há correlação de dependência entre a pubalgia e o IFA. Foi visto que o IFA estava presente em apenas 20% dos atletas queixosos de pubalgia.

Conclusão

Há elevada prevalência de IFA em atletas de futebol profissional na população estudada (85.6%) e não houve relação entre o IFA e a presença de pubalgia.

Palavras-chave
atletas; futebol; impacto femoroacetabular; osso púbico

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