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Epidemiologia das fraturas do terço proximal do fêmur em pacientes idosos

RESUMO

OBJETIVO:

Estudo epidemiológico das fraturas do terço proximal do fêmur em pacientes idosos, tratados em hospital-escola na região central de São Paulo. MÉTODOS: Pacientes a partir 60 anos atendidos no período de um ano. Questionário foi elaborado com informações sociodemográficas básicas, comorbidades apresentadas e medicações em uso. Foram avaliadas circunstâncias da fratura e suas características, tratamento instituído e taxa de mortalidade intra-hospitalar. RESULTADOS: Os 113 pacientes incluídos no estudo apresentavam 79 anos em média. A proporção entre os sexos foi de três mulheres para cada homem. Somente 30,4% dos pacientes relataram osteoporose e somente 0,9% tratavam a doença. Trauma de baixa energia foi a causa de 92,9% das fraturas. Fraturas do colo do fêmur representaram 42,5% das fraturas e trocantéricas 57,5%. Cinco pacientes não foram operados, 39 foram submetidos a substituição articular e 69 foram submetidos a osteossíntese. O tempo médio de internação foi de 13,5 dias e de espera até a cirurgia sete dias. A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 7,1%. CONCLUSÃO: Pacientes atendidos na instituição apresentam perfil epidemiológico semelhante àqueles encontrados em literatura nacional. Insuficiência renal crônica é um fator significativo para mortalidade intra-hospitalar. Medidas preventivas como diagnóstico precoce e tratamento da osteoporose e prática regular de atividades físicas não são adotadas.

Palavras-chave:
Epidemiologia; Fraturas do quadril; Idoso

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