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Estudo epidemiológico das lesões multiligamentares do joelho* * Trabalho desenvolvido no Centro de Atenção Especializada ao Joelho, Instituto Nacional de Traumatologia Jammil Haddad -INTO/ MS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Resumo

Objetivo

Descrever e associar as características das lesões multiligamentares de joelho com o perfil do paciente e mecanismo de trauma.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal que avaliou 82 pacientes com lesões multiligamentares do joelho de setembro de 2016 até setembro de 2018. As variáveis coletadas foram idade, gênero, eixo mecânico, lateralidade, arco de movimento, mecanismo do trauma, lesões associadas, ligamentos afetados e afastamento do trabalho.

Resultados

A amostra incluiu pacientes de 16 a 58 anos, com média de 29,7 anos, e os homens foram os mais afetados, correspondendo a 92,7% dos casos. O mecanismo de trauma mais comum foi acidente motociclístico (45,1%). O ligamento mais lesado foi o ligamento cruzado anterior (80,5%), seguido do ligamento cruzado posterior (77,1%), do canto posterolateral (61,0%) e do ligamento colateral tibial (26,8%). O tipo de luxação mais frequente era o KD IIIL (30,4%). Apenas 1 paciente apresentou lesão vascular, e 13 (15,9%) apresentaram lesões neurológicas. A maioria das vítimas foi afastada do trabalho (52,4%).

Conclusão

Há grande diferença entre os pacientes que apresentam lesão multiligamentar no Brasil em relação ao encontrado nos estudos internacionais. Desta forma, convém realizar mais estudos específicos sobre o tema com a nossa população, de modo a aperfeiçoar o tratamento destes pacientes.

Palavras-chave
traumatismos do joelho; luxação do joelho; instabilidade articular

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