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O impacto das fraturas do quadril no SUS 2008 - 2017: O papel do ortopedista

Resumo

Objetivo

O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil de hospitalização e reabilitação ambulatorial de pacientes com idade ≥ 50 anos por fratura de quadril no Sistema Público de Saúde no Brasil (SUS).

Métodos

Trata-se de um estudo transversal de pacientes internados por fratura de quadril no SUS entre 2008 e 2017. Os dados incluíram 441.787 internações relacionadas à fratura de quadril do banco de dados de internação (SIH/DATASUS) e dados de pacientes submetidos à reabilitação do banco de dados ambulatorial (SIA/DATASUS).

Resultados

A maioria das hospitalizações relacionadas à fratura de quadril (83,5%) ocorre em pessoas ≥ 50 anos, com um crescimento médio anual de 5,6% nas hospitalizações relacionadas à fratura de quadril (HRFQ). Os custos para o governo cresceram na mesma proporção e atingiram quase 130 milhões de reais em 2017, embora com uma redução de 13,6% no custo médio por hospitalização. Além do impacto financeiro, as fraturas de quadril resultam em uma taxa de mortalidade hospitalar em torno de 5,0% em pacientes ≥ 50 anos. Além disso, o percentual de pacientes submetidos à reabilitação relacionada à fratura de quadril aumentou de 2008 (14,0%) para 2012 (40,0%) e permaneceu estável após esse período.

Conclusões

O aumento progressivo da incidência de fraturas de quadril mostra o impacto financeiro e social e a necessidade de ações imediatas para evitar essa tendência crescente. As fraturas de quadril são um risco para fraturas secundárias, a prevenção é crucial e o ortopedista desempenha um papel central nesse processo.

Palavras-chave
fraturas do quadril; reabilitação; Datasus; prevenção secundária

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