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Ondas de Calor mais Quentes, Duradouras e Frequentes: Um Estudo Observacional Para a Cidade Brasileira de Campinas, São Paulo

Resumo

Em todo o mundo, existem evidências acumuladas da intensificação de ondas de calor devido às mudanças climáticas. As diferenças regionais nos efeitos das ondas de calor requerem estudos locais para a implementação de estratégias públicas de mitigação e adaptação. Este trabalho analisa e caracteriza a ocorrência de ondas de calor para a cidade de Campinas, Brasil, por meio de um estudo observacional de 1956 a 2018. A definição de ondas de calor adotada requer que as temperaturas máximas e mínimas diárias estejam acima dos limites diários derivados da normal climática 1961-1990. As métricas anuais e sazonais de número, frequência e duração de ondas de calor mostraram tendências significativas e positivas, exceto no inverno. Verificou-se que os eventos mais longos, mais intensos e mais frequentes ocorreram nos últimos 20 anos e que uma mudança significativa de tendência ocorreu no início da década de 1980. Por fim, realizou-se um estudo exploratório da variabilidade intra-urbana, comparando-se as métricas de duas estações meteorológicas distantes 30 km entre si, em Campinas. Foram encontrados padrões de métricas semelhantes para as duas estações meteorológicas, com eventos de ondas de calor mais prolongados e frequentes para a estação localizada na região com maior taxa de ocupação do solo.

Palavras-chave
ondas de calor; mudança climática; climatologia; tendência; Brasil

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