RESUMO
Introdução:
É possível que a atividade física proteja o periodonto por atenuar a resposta inflamatória excessiva do indivíduo. Há algumas evidências em estudos longitudinais e um estudo prospectivo que demonstram que adultos fisicamente ativos têm tido diminuição do risco de periodontite. Até o momento, nenhum estudo explorou conjuntamente o relacionamento da atividade física com a periodontite, utilizando biomarcadores inflamatórios.
Objetivo:
Neste sentido, objetiva-se avaliar o comportamento do tecido ósseo de ratos com periodontite experimental submetidos ao exercício físico em meio aquático.
Métodos:
Foram utilizados 24 ratos Wistar machos, divididos em quatro grupos: 1) Grupo sem periodontite e sem exercício (CS); 2) Grupo sem periodontite e com exercício (CE); 3) Grupo com periodontite e sem exercício (DPS); 4) Grupo com periodontite e com exercício (DPE). Os animais dos grupos CE e DPE realizaram natação por quatro semanas e nos animais dos grupos DPS e DPE induziu-se a doença periodontal por ligadura. Aos 30 dias, os animais foram sacrificados, sendo retiradas as hemimandíbulas do lado direito e esquerdo para análise radiográfica e histológica. Os dados obtidos foram analisados e avaliados através dos testes ANOVA e Tukey.
Resultados:
Foi possível observar que nos animais do grupo DPE, a perda óssea foi significantemente menor (61,7 ± 2,2; p < 0,05) do que no grupo DPS (84,5 ± 1,2; p < 0,05). Na quantidade de osteoblastos (DPS = 11,0 ± 1,4; DPE = 10,7 ± 5,2) e de osteócitos (DPS = 17,3 ± 3,1; DPE = 19,0 ± 4,4), não houve diminuição significativa (p < 0,05) nos grupos submetidos à periodontite experimental, independentemente do exercício físico.
Conclusão:
Foi possível observar que o exercício físico apresentou um efeito protetor com relação à altura óssea e não influenciou a densidade do osso. Nível de evidência: II; Estudos terapêuticos-investigação dos resultados do tratamento.
Descritores:
Exercício físico; Doenças periodontais; Ossos