RESUMO
Introdução
O efeito da idade relativa (EIR) refere-se à diferença da idade cronológica que ocorre entre os atletas de uma mesma categoria de idade que pode beneficiar os indivíduos nascidos nos dois primeiros quartis do ano. Esse fenômeno é comumente estudado em esportes coletivos, entretanto, os resultados ainda são inconsistentes, principalmente, no voleibol.
Objetivo
O presente estudo analisou a distribuição do número de nascimentos por quartil dos atletas olímpicos de voleibol e se isso influenciaria em variáveis antropométricas, motoras e em elementos técnicos.
Métodos
A amostra foi composta por 116 atletas masculinos que pontuaram durante as olimpíadas do Rio 2016. Para análise de dados, foi identificado o quartil de cada atleta, assim como os dados referentes à estatura, alcance no ataque e bloqueio e as respectivas pontuações durante os jogos. Em seguida, utilizou-se o teste de qui-quadrado para verificar a distribuição entre os quartis. Para avaliar a normalidade das outras variáveis, foi efetivado o teste de Kolmogorov-Smirnov. Após aceito, foi realizado ANOVA - one way, com o post-hoc de Bonferroni, a fim de verificar as significâncias entre os quartis. Adotou-se o nível de significância de p≤0,05.
Resultados
Não houve diferença significativa na distribuição dos atletas entre os quartis (p=0,74). Quando comparamos as outras variáveis em relação ao trimestre de nascimento dos atletas, também não observamos diferença significativa entre a estatura (p=0,79), alcance de ataque (p=0,59) e bloqueio (p=0,07), e nas pontuações de saque, ataque e bloqueio entre os quartis.
Conclusão
O efeito da idade relativa não foi observado nos atletas olímpicos de voleibol, portanto, esse fenômeno não está relacionado ao desempenho dos atletas. Isso mostra que outras possíveis variáveis podem influenciar a formação desses atletas, descartando o fenômeno da idade relativa. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo e comparativo.
Distribuição por idade; Habilidades; Voleibol
