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EXERCÍCIO, PRESSÃO ARTERIAL E MORTALIDADE: ACHADOS DE OITO ANOS DE SEGUIMENTO

RESUMO

Introdução:

Nas últimas décadas, hábitos pouco saudáveis, como baixos níveis de atividade física e má alimentação, têm aumentado. Consequentemente, a prevalência de doenças cardiovasculares e de mortalidade aumentou significativamente entre adultos. Entretanto, é sabido que a prática regular de exercícios físicos ajuda a melhorar os desfechos de saúde. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi analisar os efeitos de oito anos de participação regular em um programa de exercícios sobre a pressão arterial e a mortalidade no sistema brasileiro de saúde pública.

Métodos:

A amostra foi composta por 34 participantes com hipertensão e/ou diabetes tipo II, que foram acompanhados por oito anos. Eles foram pareados por idade, índice de massa corporal e doença crônica em dois grupos: exercício e controle. Durante o período de acompanhamento, os registros médicos foram usados para avaliar a pressão arterial sistólica e diastólica, bem como o número de consultas médicas e a ocorrência de óbitos.

Resultados:

No período de acompanhamento, ocorreram cinco óbitos no grupo controle e nenhum no grupo exercício. A análise de Kaplan-Meier identificou mortalidade 29,4% menor entre os participantes ativos (teste exato de Fisher com p = 0,044). A quantidade de consultas médicas e pressão arterial diastólica foram significantemente menores para os participantes ativos.

Conclusão:

Após acompanhamento de oito anos, participantes do grupo exercício tiveram menor número de consultas médicas, melhor controle da pressão arterial e menor ocorrência de mortes.

Descritores:
mortalidade; hipertensão; diabetes mellitus; exercício

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