Trajetórias de uma Professora de Língua Inglesa em Ensino Remoto Emergencial

Ludovico, Francieli Motter; Nunes, Mariana Backes; Barcellos, Patrícia da Silva Campelo Costa

doi:10.1590/1984-6398202117884

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Revista Brasileira de Linguística Aplicada

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Sumário

Articles • Rev. bras. linguist. apl. 21 (4) • Oct-Dec 2021 • https://doi.org/10.1590/1984-6398202117884 copiar

Trajetórias de uma Professora de Língua Inglesa em Ensino Remoto Emergencial

Trajectories of an English Language Teacher in Emergency Remote Teaching

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

A pandemia do Covid-19 impactou diversos setores da sociedade, causando não apenas uma crise sanitária, mas também econômica, política e educacional, levando-nos a refletir sobre como tudo está interligado de alguma maneira. No presente artigo, buscou-se analisar, a partir da Teoria da Complexidade, a prática de uma professora lecionando língua inglesa (LI) em contexto de Ensino Remoto Emergencial (ERE). A metodologia utilizada é de abordagem qualitativa, a partir de um estudo de caso longitudinal com base nas narrativas escritas pela professora durante 7 meses de ERE. Os resultados mostram que as condições iniciais da professora foram favoráveis para sua prática no ERE. Não é possível generalizar as condições desse contexto específico, mas a partir desse estudo destacam-se práticas de ensino de LI e a importância da tecnologia na formação de professores.

PALAVRAS-CHAVE:
Ensino e aprendizagem de língua estrangeira; Teoria da Complexidade; Pandemia Covid-19; Ensino remoto emergencial; Narrativas de professores

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[1] Contribuição dos autores

Declaramos que escrevemos o artigo em coautoria, sendo equivalente a participação dos autores em todas as fases da pesquisa e da escrita do texto.

1.	"Consegui em uma aula que cada um apresentasse a sua família para o grupo todo em inglês e mesmo assim exigiu uma preparação prévia bem grande para que a aula fluísse, para que eles não sentissem medo ou ansiedade com essa produção (...) vários alunos que não participavam tanto se empolgaram".
2.	"Durante uma aula síncrona, dividi eles em três grupos em três salas diferentes do Zoom, utilizando as breakout rooms da ferramenta. (...) Separei os grupos de forma a misturar os níveis e conforme a tranquilidade de trabalhar em grupo, conforme meu conhecimento anterior da turma. Eles se sentiram bem confortáveis para fazer a atividade, acharam a ideia de se dividir em grupos bem legal e buscaram usar a língua inglesa. Foi um momento em que eles se sentiram menos ansiosos em produzir na língua estrangeira justamente por não estarem se expondo para todo o grupo. Ao final da aula um integrante do grupo apresentou para o grupo todo o que eles descobriram sobre os colegas".
3.	"Tivemos uma atividade que funcionou bem em que eles tiveram que gravar um vídeo falando sobre a sua rotina (...) Eles gostaram bastante". 4. "Em uma aula síncrona, fiz uma roleta no Wheel Decide em que eu coloquei perguntas sobre a frequência em que eles faziam algumas atividades e eles tinham que responder em aula oralmente em inglês, utilizando as estruturas aprendidas em aula. Eles ficaram nervosos no início, mas realizaram e acharam divertido ao final".

1.	"Outro momento interessante foi quando eu levei a ferramenta Socrative para a aula online síncrona. (...) Os alunos realizaram facilmente a atividade e a maioria gostou de ter essa participação desta forma em aula. Porém, sinto que deveria ter variado o tipo de questões criadas, pois isso acabou desestimulando um pouco os alunos ao longo da atividade."
2.	"Utilizei a ferramenta Mentimeter para recolher os conhecimentos prévios dos alunos (...) Todos participaram dessa atividade, o que é muito raro acontecer nas aulas online, sempre tem um grupinho que não quer falar, que fica com microfone desligado. E surgiram várias ideias interessantes das quais partiu a minha explicação. Os alunos adoraram o Mentimeter, acharam ele muito intuitivo e importante para a sua participação porque não os expõe tanto."
3.	"Adorei utilizar o Padlet com os alunos e sinto que eles também. Algumas vezes eles mesmos pediam para criar um mural virtual. Utilizei bastante para as atividades de produção escrita, para que eles pudessem comentar as produções dos colegas e ficar uma apresentação legal de tudo o que eles fizeram. Uma atividade que marcou mais foi quando eles tinham que tirar uma foto de uma janela de casa ou porta da frente de casa e descrever o que viam ali, utilizando o presente simples e contínuo e o modal can."
4.	"Uma atividade que não saiu como eu planejei foi a exploração de sites em inglês de museus do mundo todo, como o British Museum ou o Louvre. Essa era uma atividade assíncrona e os alunos rapidamente descobriram como traduzir sites através do Google Tradutor."