Resumo
Este artigo desenvolve uma análise pioneira da competitividade das exportações brasileiras no período 1995-2011, ao considerar o fenômeno das cadeias globais de valor (CGV). Calcularam-se os índices de competitividade market share e vantagem comparativa revelada (VCR) pelas vias tradicionais e por meio de medidas de valor adicionado, assim como índices de participação e posicionamento nas CGV. Para tanto, utilizou-se uma nova metodologia de decomposição matemática das exportações (KOOPMAN et al., 2014) e indicadores estimados por meio da matriz de insumo-produto global World Input Output Tables (WIOT). As análises demonstram que os índices tradicionais tendem a subestimar o desempenho de países localizados a montante nas CGV, como o Brasil, mas nas categorias “produtos primários” e “manufaturas de baixa-tecnologia” percebem-se uma superestimação dos índices tradicionais e uma queda das vantagens comparativas reveladas do país.
Palavras-chave:
Valor adicionado; Vantagem Comparativa Revelada; Fragmentação; Cadeias Globais de Valor; Brasil