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Deficiência de ferro no idoso

Anemia é comum em idosos e é associada a significante morbidade e mortalidade. Mais de 10% dos indivíduos acima de 65 anos tem anemia. Com uma proporção crescente da população mundial atingindo idade igual ou superior a 65 anos, a prevalência de anemia certamente aumentará no futuro. O diagnóstico precoce é importante para prevenir piora do quadro, diminuir progressão da doença e melhorar a evolução dos pacientes. Os critérios mais utilizados em estudos epidemiológicos para definir anemia em idosos são os da OMS (hemoglobina<12 g/dL para mulheres e hemoglobina <13 g/dL para homens). Aproximadamente um terço dos idosos com anemia tem deficiência de ferro, folato e/ou vitamina B12, um terço tem insuficiência renal e/ou inflamação crônica e o terço remanescente tem anemia inexplicada. A anemia ferropênica é microcítica e hipocrômica e caracteriza-se por baixos níveis de ferritina sérica, capacidade total de ligação de ferro do plasma aumentada, saturação da transferrina diminuída, concentração do receptor solúvel da transferrina elevada e ausência de ferro na medula óssea. É causada geralmente por perda de sangue pelo trato gastrointestinal devido a gastrite, úlceras, câncer de colo ou angiodisplasia. Anormalidades do trato gastrointestinal podem ser identificadas na maioria dos pacientes. Em alguns casos, ingestão ou absorção inadequada de ferro pode contribuir para a anemia. Entretanto, em todos os casos deveria ser exaustivamente investigada e excluída perda de sangue antes de assumir que a deficiência de ferro é devida a outras causas. O tratamento inclui parar o sangramento e repor o ferro.

Deficiência de ferro; anemia; idoso


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